Personalidades de Jaboticabal comentam sobre como é morar na cidade
Andréia Cristiane Fogaça de Souza Nogueira está entre as personalidades de Jaboticabal

Personalidades de Jaboticabal comentam sobre como é morar na cidade

Em Jaboticabal, pessoas que são verdadeiros patrimônios

Amor à terra

 

Eu nasci na Bahia, mas vim para o Estado de São Paulo ainda criança, com 9 anos. Nessa época, eu e minha família fomos morar em uma usina de açúcar na região de Jaboticabal e, logo depois, com apenas 10 anos, eu me mudei para a cidade para trabalhar e estudar. Morei com uma família até concluir o ensino médio no “Estadão”. Depois, fiz o curso de enfermagem e trabalhei muitos anos nos dois hospitais da cidade. Como sempre tive o interesse em cuidar dos outros, até mais do que de mim mesma, fundei a ONG Amor Solidário, que fez seu 26º aniversário neste ano. No início, a ONG trabalhava com jovens dependentes químicos. Hoje, trabalhamos com prevenção ao uso de drogas por meio da cultura, do esporte e da educação. Acredito que uma cidade só pode ir para frente se olharmos para a periferia com a mesma atenção com a qual olhamos para o centro da cidade. Periferia que é muito sofrida, passa por várias dificuldades, mas possui força e vontade de crescer. O futuro se faz com esporte, cultura e principalmente com educação, que ultimamente tem sido precarizada dentro das escolas. Tenho muito respeito e gratidão por Jaboticabal, honrando a palavra de Deus que diz que “temos que amar a terra em que pisamos”.

 

Maria Caires dos Santos da Silva, a Dona Lia, fundadora da ONG Amor Solidário

 

Coração jaboticabalense

 

Mudei para Jaboticabal em 1996, quando iniciei uma rádio comunitária e a produzir um jornal impresso. Frequentador assíduo dos eventos no Jaboticabal Atlético, levava meus filhos e realizava a cobertura dos eventos. Após a rádio perder espaço, começamos com o jornal, além da versão impressa, também na online, ganhando muito espaço nas redes sociais e sempre lutando por Jaboticabal. Hoje, o Cidades Online se tornou referência, e porta-voz do povo jaboticabalense. Sou nascido em Barrinha, mas meu coração é jaboticabalense. Essa cidade me acolheu! Nesses quase 30 anos morando aqui, criei vínculos e amizades. Nossa cidade é pequena, mas tem grandes marcos, como a Unesp e a Coplana. Vi o crescimento da cidade, Jaboticabal se transformar na Capital do Amendoim, a construção de importantes pontos, como a Fatec, o shopping, a revitalização do Mercado Municipal, da área industrial, o crescimento regional da nossa tradicional Festa do Quitute. Espero que Jaboticabal possa crescer muito mais, ter empregos para as futuras gerações, ter reforma e ativação de nosso Cine Municipal e Concha Acústica. E espero que nosso Mercado Municipal se torne um ponto de atração de turismo regional. Acredito no potencial de nossa cidade e na força de vontade de nosso povo.

 

Rogério Constantino, jornalista

 

Sentimento carinhoso

 

Não sou jaboticabalense por nascimento, mas me entrego à cidade de alma. Por aqui fui criado e educado. Tive a honra de ser ensinado por inesquecíveis professores, seja no Colégio Santo André, seja na histórica escola “Estadão”. Em Jaboticabal, também estudei Letras na Faculdade de Educação. Atualmente, em prol da cidadania e do desenvolvimento da classe jurídica, desenvolvo vários trabalhos de aperfeiçoamento na advocacia. O sentimento carinhoso que temos pela cidade resplandece cotidianamente ao presenciarmos os costumes, a tradição e a generosidade que marcam seu povo. No meio jurídico a cidade se destaca regionalmente pela competência dos seus profissionais. E na vida social, Jaboticabal honra seu passado, mantém fielmente seus costumes sem prejuízo de sua evolução.

 

 

Alessandro Alamar Ferreira de Mattos, advogado

 

Valores e gratidão

 

Meu pai Sensei Yonamine nasceu em Okinawa, no Japão, e chegou ao Brasil em 1961. Conheceu minha mãe, Helena Yonamine, com quem se casou e teve cinco filhos – quatro mulheres e um homem. Sou a filha e neta mais velha da família. Desde muito pequena fui educada a conhecer a cultura, valores morais e éticos e costumes das nossas raízes. Jaboticabal é uma cidade que eu realmente amo. Aqui eu construí minha família, tive meus quatro filhos, todos adultos já. Nesta cidade eu descobri o meu verdadeiro eu. O acolhimento que o povo de Jaboticabal tem comigo e com o meu trabalho é especial. A minha carreira foi consolidada nesta cidade. Sou técnica da Seleção Brasileira de Karatê há 38 anos e foi aqui que tudo começou. Sou muito grata à cidade e à população. Me considero uma pessoa muito feliz por viver em Jaboticabal.

 

Simone Yonamine, sensei e técnica da Seleção Brasileira de Karatê

 

Acolhimento e oportunidade

 

Sou natural de Votuporanga (SP), me formei na Faculdade de Direito Riopretense, passei no concurso para a carreira de delegada de Polícia e assumi a titularidade da Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de Jaboticabal. Durante mais de 30 anos na vida policial, trabalhei em várias outras unidades da cidade e na região. Quando cheguei a Jaboticabal tinha intenção de ficar o menor tempo possível, pois queria voltar para minha terra natal. No entanto, fui me apaixonando pela cidade, pelas pessoas e aqui conheci meu marido, Eduardo José Beltrame Nogueira. Aqui tivemos nossa filha, Ana Luísa Fogaça Nogueira, que também ama a cidade em que nasceu. Para mim Jaboticabal é sinônimo de acolhimento, oportunidade, alegria, solidariedade e amor.

 

Andréa Cristiane Fogaça de Souza Nogueira, delegada titular da Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de Jaboticabal

 

Cidade das Rosas

 

Nasci e criei-me em Jaboticabal, cidade cuja hospitalidade encanta os corações daqueles que têm a oportunidade de conhecê-la. Para mim, não há lugar melhor para morar e criar os filhos, pois o ambiente é acolhedor e tranquilo. Sou psicopedagoga formada em Jaboticabal e sinto-me lisonjeada em atuar, há mais de 30 anos, ajudando a construir um projeto pioneiro: "Olhos da Alma", cujo objetivo é propiciar acessibilidade e inclusão a pessoas com deficiência visual. Foram meus avós que, vindos de Portugal, plantaram nesta terra sementes que germinaram, dando frutos que aqui permaneceram, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do município. Trago comigo maravilhosas lembranças de infância e adolescência, momentos em que me enraizei, construindo e fixando alicerces para que, em um futuro próximo, me tornasse a mulher que hoje sou. Nesta terra, Deus me permitiu cultivar amizades, construir uma família, ter uma profissão, ser querida e reconhecida. Portanto, sou muito grata à Cidade das Rosas, que sempre foi acolhedora com todos que aqui chegaram.

Alessandra Branco Vieira, diretora da ONG Olhos da Alma

 

 

 


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