As várias faces da maternidade

As várias faces da maternidade

Em comemoração ao Dia das Mães e ao aniversário da Revide, 30 convidadas contam sua experiência e definem seu papel diante da maternidade

Não à toa, ela geralmente está entre as primeiras palavras pronunciadas por um novo ser. A definição desse substantivo feminino vai muito além do que determina o dicionário: “mulher que deu à luz, que cria ou criou um ou mais filhos”. Cheia de significados, a palavra “mãe”, na prática, ocupa tranquilamente a função de inúmeros verbos, sendo substituta certa de amar, alimentar, brincar, ensinar e tantos outros. Não surpreenderia, também, empregá-la no lugar de adjetivos como zelosa, carinhosa, doadora ou exemplar. A brincadeira com as classes de palavras poderia se prolongar, mas o objetivo, aqui, é apenas evidenciar a pluralidade de papéis que a maternidade compreende.

Justamente para mostrar que ser mãe tem um significado próprio para cada uma que vive este papel é que a Revide perguntou a 30 delas qual seria, individualmente, a definição da maternidade. Além de prestar a devida homenagem às mães, o trabalho publicado nesta edição também integra as comemorações do trigésimo aniversário da Revide. 

Assim, o número 30, além de também contabilizar as convidadas, ajudou a pautar o convite às mulheres: todas elas estão na faixa dos 30 anos. Apesar da proximidade etária, no entanto, cada convidada possui uma relação própria com a maternidade. Algumas acabaram de se tornar mães, enquanto outras possuem filhos maiores de idade; entre elas, há quem tenha um único herdeiro, mas também quem contabilize três crianças em casa. No discurso de todas elas está claro, de uma forma ou de outra, que a maternidade possui dores e delícias, sendo que o lado positivo invariavelmente supera as dificuldades impostas pelo papel.

A fotógrafa Lídia Muradás foi especialmente convidada para registrar essas mulheres. Para a sessão de fotos, foram escolhidas cenas do cotidiano das convidadas com seus filhos. Além de valorizar a relação mãe e filhos, as imagens também reforçam a multiplicidade atrelada à figura materna, que, cada vez mais, precisa se desdobrar para cumprir inúmeras tarefas — relativas ao trabalho, à casa e à família em geral — e ainda encontrar tempo livre para dedicar aos filhos. Apesar de parecer uma tarefa árdua, as 30 convidadas que estampam as páginas a seguir comprovam que é possível fazer tudo isso preservando o sorriso no rosto.

Ana Carolina Naves Magalhães Marchi • 32 anos • Psicóloga e professora. Mãe de Eduardo, 2 anos e 8 meses

Apesar de já planejar um filho, a descoberta da gravidez foi uma grande surpresa. Desde o primeiro minuto, sabia que seria um menino e, nesse período, já me ensinou o que é, de fato, ser uma ‘mãe de primeira viagem’. Essa jornada inclui lidar com uma série de emoções, inseguranças, alegrias, dores, superação, fortalecimento, amadurecimento e muito mais. O Dudu me fez repensar minha própria vida e meus valores, expectativas e ideais para um mundo melhor. Tento mostrar a ele como a vida funciona, buscando ensiná-lo a ser cuidadoso: com a natureza, com os outros e consigo mesmo. Quero ter mais filhos, mas na hora certa.

Ser mãe é...
Uma grande possibilidade de ressignificar valores e sentimentos, assim como de conquistar mais força e maturidade.



Ana Isméria Pettes Velludo • 34 Anos • Empresária e fotógrafa. Mãe de Heloisa, 2 meses.

A maternidade chegou aos 33 anos, quando já me sentia realizada profissionalmente e feliz no casamento. Sempre sonhei em ter filhos e, como tia, já tinha vivido parcialmente esse amor. A experiência foi a melhor possível: gestação tranquila, parto normal e condições para amamentar. Ainda estamos nos adaptando uma a outra, mas posso dizer que a Heloisa é um bebê bonzinho, o que me ajuda bastante a voltar aos poucos à minha rotina. Entre dores e desajeitos, basta um sorriso para me fazer esquecer todas as dificuldades. Não tenho dúvidas de que, com a Heloisa, nasceu uma nova Ana Isméria. 

Ser mãe é...
A oportunidade de se reinventar no outro, tendo o amor como ferramenta.



Andressa Romano Machado • 38 anos • Gerente de Marketing. Mãe de Marina, 17 anos • Vitória, 14 anos.

Confesso que ser mãe e casar nunca fizeram parte dos meus planos, portanto, descobrir uma gravidez aos 21 anos foi um tremendo susto e fez tudo mudar: naquele momento, minha vida começou, pois, mesmo sem planejamento, Marina foi muito esperada e amada. Na primeira experiência, houve total suporte da família, já quando a Vitória nasceu, éramos só nós quatro em São Paulo. Portanto, cada filha significou um aprendizado diferente, com encantos e preocupações próprias. Hoje, além de muito parecidas, temos uma relação de muita confiança, muita amizade e muita conversa. Se pudesse escolher, viveria tudo outra vez, exatamente da mesma forma.

Ser mãe é...
Ser capaz de vencer desafios, transformar lágrimas em sorrisos e estar sempre pronta para ajudar.



Bárbar Veronezi Granero • 33 anos • Empresária. Mãe de Santiago, 1 ano e 10 meses.

Meu marido e eu planejamos ter um filho logo depois do nosso casamento e, em menos de um mês, eu estava grávida. Santiago chegou em nossas vidas lindo e saudável depois de um parto normal muito desejado. Daquele momento em diante, minha vida mudou completamente. Pude me ausentar do trabalho para cuidar dele exclusivamente pelo tempo que julguei necessário. A maternidade me ensinou o que é amor incondicional e também a ter muita paciência. Mais do que isso, aprendi que noites em claro sempre valem a pena, pois nada é mais recompensador do que o brilho no olhar e o sorriso que se desenha nos lábios quando a mamãe se aproxima. 

Ser mãe é...
Conhecer verdadeiramente o que é o tal amor incondicional.



Camila Barrionovo • 35 anos • Fotógrafa. Mãe de Luisa, 15 anos • Maria Carmen, 7 anos • Maria Clara, 4 anos

Filha única, sempre quis uma família numerosa. Luisa chegou quando eu tinha 19 anos e cursava psicologia. Mudou todos os planos, começando pela profissão, tornando-me fotógrafa. Com Maria Carmen e Maria Clara, aproveitei todos os aprendizados da primeira experiência e também o amadurecimento que veio com a idade. As três me ensinam, além do amor incondicional, que devo tentar melhorar sempre, especialmente, para ser espelho para elas. Nas atividades que fazemos juntas, o incentivo ao esporte e à qualidade de vida estão presentes. Não trocaria por nada essa mistura amor e preocupação que a maternidade me trouxe.

Ser mãe é...
É a minha vida. É cuidar, amar e mostrar o valor de ser honesto e justo, além da importância de Deus nas nossas vidas.



Camila Bergamini Veronezi • 34 anos • Professora. Mãe de Olívia, 1 anos e seis meses • Helena, 1 mês.

Queria ser mãe desde que me casei, há seis anos. Como precisei fazer uma fertilização para ter a Olívia, descobrir que Helena estava a caminho foi um enorme susto — o melhor de nossas vidas. Desde que fui mãe, confirmei na prática que os filhos são, realmente, nossa prioridade natural e que amá-los é o melhor sentimento do mundo. Nós três estamos sempre juntas, passeando no parque, na praça ou na casa dos vovôs. Claro que nem tudo são flores e há, por exemplo, muitas noites em claro envolvidas na maternidade. Ainda assim, posso dizer que o amor que recebo de volta de Olívia e Helena compensa todas as dificuldades. 

Ser mãe é...
Receber o melhor presente  que Deus poderia me dar e experimentar a maior alegria que já senti na vida.



Camila Calcini Sanches • 31 anos • Empresária e Esteticista. Mãe do Mateus, 1 ano

Ter um filho já fazia parte dos planos. Depois da chegada do Mateus, posso dizer que tudo na minha vida passou a ser minuciosamente planejado: horários, tarefas e finanças, por exemplo. Estabelecer uma rotina foi a forma que encontrei de cumprir todos os compromissos, mas também deixei reservado muito mais espaço para a diversão, as descobertas e o orgulho. A maternidade me ensinou a ter paciência, a ver o mundo com mais amor e tolerância e a deixar o egoísmo de lado. Como tenho uma vida bem agitada, procuro reservar boa parte do meu tempo livre para ele e me esforço para encontrar brechas para fazermos as refeições juntos.  Sou plena e grata por tudo o que meu filho me proporciona.

Ser mãe é...
Descobrir que temos uma força inexplicável dentro de nós.



Camila Marangon • 35 anos • Jornalista. Mãe de Thalita, 11 anos • Nicholas, 10 anos • Nathalie, 2 anos.

Sempre apaixonada por crianças, sonhava em ser mãe. Minha primeira experiência aconteceu aos 23 anos, e o segundo filho veio logo depois, sem planejamento. Essa proximidade foi desafiadora, pois não achava que conseguiria dar amor e atenção aos dois, mas depois tive certeza de que os dois só somariam às nossas vidas. Oito anos mais tarde, chegou nossa temporona, reascendendo a esperança, a luz e a renovação em nossa família. Cada filho, com suas particularidades, ensinou-me parte do verdadeiro significado das palavras amor e respeito. Com eles, me sinto mais forte a cada dia.

Ser mãe é...
Delirar a cada sorriso, sonhar a cada fase da vida, dar muito amor e carinho, ensinar valores e ter a sensação do dever cumprido.



Caroline Favaro • 31 anos • Enfermeira e Mestranda pela EERP-USP. Mãe de Sofia, 1 ano e 4 meses.

Apesar de sempre ter desejado formar uma família, planejava esperar um pouco mais para ter meu primeiro filho. Desconfiei que a Sofia estava a caminho durante uma viagem ao exterior e confirmei a gestação logo no retorno. Conciliei os nove meses com trabalho e mestrado, além de ter enfrentado algumas intercorrências. O importante é que Sofia nasceu saudável e linda, agitada como eu, para me mostrar que é preciso ser mais paciente e menos estressada. Aprendi, ainda, que, mais importante do que quantidade, é a qualidade do tempo que estamos juntas que deve contar. Para mim, é gratificante, e uma baita responsabilidade, influenciar a vida e a formação de um serzinho tão especial.

Ser mãe é...
Ter o coração batendo fora do peito, sentir um amor sem fim e saber que só você é capaz de gerar outra vida.



Carol Soave • 36 anos • Publicitária. Mãe de Luiza, 1 ano e 3 meses

Sou muito família e já gostava de crianças, mas a gravidez me pegou de surpresa — a mais maravilhosa. A chegada de um filho muda tudo: se antes eu era louca pelo meu trabalho e dona do meu nariz, hoje, pertenço à Luiza e traço meus planos em função dela. Passei seu primeiro ano de vida exclusivamente dedicada a ela. Ainda hoje, faço pausas para vê-la na escola e amamentar. Assim, sinto-me mais forte e, imagino, ela também. Aprendi que o mundo não deixa de girar para que a grávida viva seu momento ou para que a mamãe de primeira viagem entenda como lidar com a maternidade. Hoje, sou mais paciente, feliz e grata pela vida. 

Ser mãe é...
Para mim, a maior das realizações; é ser uma mulher completa, ser a segurança de alguém. Além disso, é ser diva, deusa ou fada encantada. Somos a paz dos nossos filhos.



Elaine Silva Villas Boas • 37 anos • Contadora. Mãe de Gabriela, 5 anos • Mateus, 3 anos.

Após mais de três anos de namoro à distância, Fábio e eu decidimos que deveríamos morar na mesma cidade e logo veio o pedido de casamento. Antes que pudéssemos realizar esse projeto, soubemos que Gabi estava a caminho e adiantamos todos os planos. Um ano depois do seu nascimento, estava grávida do Mateus. Assim, depois de ter dedicado o máximo da minha atenção ao lado profissional, troquei, definitiva e integralmente, a gerência de auditoria em uma multinacional, pela carreira de mãe. Cada experiência foi única: uma inesperada, outra planejada; numa mãe de menina, na outra, de menino; a primeira viagem e a segunda, mais experiente. Nos dois casos, o aprendizado constante e a sensação de plenitude predominaram.

Ser mãe é...
A profissão mais nobre que existe.



Erika Guimarães • 38 anos • Administradora e apaixonada pela cozinha saudável. Matheus, 5 anos • Pedro, 2 anos e oito meses

Meus planos sempre passaram pelo desejo de ser mãe. Tanto o Matheus quanto o Pedro foram programados e esperados com muito amor. Com os dois, aprendo diariamente o que é amor incondicional e o que significa dormir sem desligar em nenhum momento. Paciência, limites, amor, doação e diversão são algumas das palavras que passaram a fazer parte da minha vida mais constantemente depois que fui mãe. Tenho dois companheiros em tudo o que faço. Diria que, hoje, sou uma pessoa dividida em três partes, sendo que não tenho controle total sobre duas delas. Ao mesmo tempo que isso é assustador, é a multiplicação de um amor sem fim. 

Ser mãe é...
Ser presente, doar-se, amar, cuidar, entender cada chorinho, cada olhar, cada gesto! Ser mãe é uma dádiva de Deus.



Fabiana Pires Spricigo • 33 anos • Arquiteta. Mãe de Beatriz, 1 ano e 11 meses.

A vinda da Beatriz foi cuidadosamente planejada, desde o meu retorno de São Paulo para Ribeirão Preto até os detalhes do cantinho dela em casa. No fim, não tenho dúvidas de que Beatriz chegou na hora certa para tornar minha vida mais completa e mais feliz. Para mim, o primeiro banho dela foi marcante, uma vez que, naquele momento tão delicado, o instinto cuidou de ensinar tudo o que eu precisava saber. Mais do que a Beatriz depende de mim, sou eu que dependo dela para alcançar a minha felicidade. Na prática, meu dia a dia se tornou ainda mais dinâmico e cronometrado do que já era, para que eu consiga ter o máximo tempo livre para dedicar a ela.
 
Ser mãe é... 
A coisa mais maravilhosa que existe no mundo.



Fernanda Martelli D’Agostini Faria • 32 anos • Médica Radiologista. Mãe de Pedro, 3 anos

Meu marido e eu sempre sonhamos em formar nossa família e o Pedro veio um pouco antes do planejado, durante os preparativos para o casamento. Olhando para o passado, entretanto, entendo que não poderia ter sido em melhor hora, pois já estávamos maduros, estáveis e seguros para esta responsabilidade. A partir do seu nascimento, minha vida passou a acontecer em função dele: seus horários, sua programação, nosso tempo livre. É emocionante participar da construção de um indivíduo e ouvir a primeira palavra, ver os primeiros passos e acompanhar cada descoberta. Nós três estamos ansiosos pela chegada do irmãozinho (ou irmãzinha) do Pedro, pois estou grávida novamente.

Ser mãe é...
Fazer parte  da obra de Deus.



Fernanda Moreira Aneas Hentz • 33 anos • Profissional de moda. Mãe de Isabella, 12 anos • Manuela, 8 anos.

Fui mãe pela primeira vez aos 21 anos, quando já namorava meu atual marido há cinco. A gestação foi inesperada e alterou totalmente todos os meus planos. Passei de uma jovem descompromissada a uma mãe de família. Já a segunda gravidez foi planejada e me pegou mais segura e preparada para aumentar a família. As duas me ensinaram, e ainda ensinam diariamente, a me doar integralmente e a sentir uma forma de amor inexplicável, que só as mães conhecem. Passamos a maior parte do dia juntas e, portanto, fazemos muitos programas a três: cinema, academia e compras. Procuro cumprir bem meu papel de educar, dar amor e ensinar a voar.

Ser mãe é...
O fenômeno de sentir e saber o que o seu filho está passando, mesmo que ele  esteja longe.



Flávia Gontijo Jorge Junqueira Leite • 35 anos • Cirurgiã-dentista. Mãe de Lucca, 4 anos • Nanda, 1 ano.

Sou casada há seis anos e sempre planejamos ter dois filhos, um casal, e assim aconteceu. Na prática, é bem diferente ser mãe de menino e de menina, mas a essência não muda em nada. As duas experiências me mostraram que não há nada de errado em entregar-se por inteiro a alguém — toda a sua dedicação, todo o seu amor e todo o seu carinho. Nosso tempo livre sempre é marcado por muitas atividades, especialmente, as que acontecem ao ar livre. Ter filhos é maravilhoso, mas não se pode perder de vista o desafio que é educá-los para a vida.

Ser mãe é...
Dedicação, amor incondicional, entrega e ternura; as sensações inexplicáveis que esse papel impõe só podem ser entendidas por outra mãe.



Juliana Baldussi de Lazzari Gobbi • 33 anos • Empresária. Mãe de Helena, 2 anos.

Sempre sonhei em ser mãe e posso dizer que a chegada da Helena nos ensinou e uniu ainda mais nossa família. Minha filha mudou minha vida totalmente, inclusive os horários, de trabalho e de lazer, e os programas. Entre os principais aprendizados que a maternidade me trouxe estão a paciência, a calma e a persistência, mas posso dizer que cada fase da criança traz um novo ensinamento. No desempenho desse papel, não há melhor ou pior, mas momentos mais fáceis ou mais difíceis, situações mais prazerosas ou mais preocupantes. De tudo, ver o amor nos olhos da Helena sempre que ela me olha e saber que ela se sente segura ao meu lado é o que mais me emociona.

Ser mãe é...
Aprender a dividir, não ser egoísta e ter um amor para a vida toda.



Kell Teixeira • 36 anos Fotógrafa. Mãe de Salvador, 18 anos • Maria Eduarda, 12 anos.

Aos 18 anos e casada há pouco, tive primeira gestação. Dodô veio de uma forma inesperada. Essa descoberta me trouxe uma sensação de plenitude: a chegada do meu filho provou que o instinto de mãe realmente existe. Seis anos depois, e também sem planejamento, veio a Madu, uma menina doce que completaria a minha vida. Não tive gestações muito exemplares, pois fiquei bem acima do peso e tive pré-eclâmpsia, mas valeram todas essas experiências. Meus filhos me ensinaram a pensar mais no próximo, a agradecer a Deus pela nossas vidas e a acreditar ainda mais  no amor. Hoje, vivo com meus dois lindos filhos adolescentes uma relação única de amizade e de companheirismo.
 
Ser mãe é...
Perder noites de sono no sorriso dos filhos e agradecer a Deus pelo privilégio de gerar dois seres que são a minha vida.



Letícia Biguetti Savegnago • 37 anos • Jornalista e Psicóloga. Mãe de Alegra, 2 anos e seis meses • Lorenzo, 9 meses. 

Quando me casei, já tínhamos planos de ter um bebê, e não esperamos muito para ter o segundo e, assim, criar os dois bem próximos. A primeira experiência é marcada pela insegurança, mas, aos poucos, fui amadurecendo. Com ajuda ou sem, o início da maternidade envolve um turbilhão de emoções. No meu caso, vivi isso duas vezes em um curto intervalo, mas valeu a pena. Entendi que é preciso esperar o meu tempo e o tempo do outro, fiquei mais intuitiva e aprendi a ouvir essa verdade. Ainda tenho muito a evoluir, mas sinto que estou no caminho e curto cada flor e espinho que esse percurso tem a me oferecer.

Ser mãe é...
Uma dualidade de sentimentos. Aquela frase que diz que “ser mãe é padecer no paraíso” é um clichê, mas é a mais pura verdade.



Lilian Marcelino Botelho • 35 anos • Jornalista. Mãe de Valentim, 2 meses.

Ter um bebê estava nos planos, mas precisamos nos preparar para ele. Emagrecer 10 quilos foi meu primeiro desafio, seguido de um tratamento de coluna e, aí sim, estava pronta. Sou muito grata à Nossa Senhora Aparecida, que nos permitiu gerar um bebê. Valentim chegou cheio de saúde para acrescentar amor às nossas vidas. A felicidade por ser mãe é tanta que não há noite mal dormida que estrague meu humor. Até aqui, descobri que sou mais paciente, que todas as dores da gravidez se resumem a nada, que meu menino se tornou a razão do meu viver. Devo muito à minha mãe, Marta, meu exemplo, que me ensinou que, na vida, somos o reflexo das pessoas e do exemplo de quem amamos.

Ser mãe é...
Como nas palavras de Mário Quintana, “Tão bom morrer de amor e continuar vivendo”. Assim é ser mãe.



Luiza Meirelles • 33 anos • Jornalista. Mãe de Miguel, 1 anos e 2 meses

A maternidade não fazia parte dos meus sonhos primordiais, o que começou a mudar depois dos 30 anos. Sem planejamento, mas muito desejado, Miguel nasceu um dia depois dos meus 32 anos, e sempre será o presente mais comemorado daqui em diante. Desde que me tornei mãe, entendi que esse papel tem os clichês mais verdadeiros que conheço: é padecer no paraíso, é ter o coração batendo fora do peito, é viver emoções tão intensas que apenas outra mãe pode entender. Seguindo a receita das verdades consolidadas pela sabedoria popular, com o Miguel, nasceu uma nova Luiza, que, diariamente, busca ser uma pessoa melhor para ser exemplo e dar colo, sempre que necessário.

Ser mãe é...
Ter uma razão maior para se tornar melhor a cada dia.



Manuela Del Lama Titoto • 31 • Escritora e Advogada. Mãe de Isabella, 5 anos • Caetano, 3 anos.

Sempre quis ser mãe, mas planejava esperar um pouco mais para curtir o casamento. No entanto, logo que me formei descobri que estava grávida, e acabei vivendo essa fase junto com minha cunhada, o que nos proporcionou uma intensa troca. Minha filha foi o primeiro bebê que segurei nos braços, literalmente. Quando meus filhos nasceram, sabia que queria ficar todo o tempo possível com eles. Faço tudo pessoalmente e me sinto plena ao presenciar as pequenas conquistas do dia a dia. Antes de ser mãe, acreditava que ensinaria meus filhos a verem o mundo, mas, para a minha surpresa, foram eles que me ensinaram e me ensinam constantemente. 

Ser mãe é...
Poder tornar os filhos a melhor versão do que possam ser, respeitando exatamente quem são. Esse é meu objetivo.



Marcela Castro • 32 anos • Empresária. Mãe de Mateus, 4 anos • Vitória, 3 anos. 

Desde que chegaram, Mateus e Vitória se tornaram nossa prioridade e, para estamos mais presentes, mudamos totalmente nossa vida: meu marido voltou para a nossa empresa e eu passei dois anos trabalhando à distância, apesar de ser apaixonada pelos negócios. Da primeira para a segunda experiência, muitas são as mudanças: as inseguranças e as angústias perdem espaço e o tempo já não existe mais. Como está descrito no livro de Liz Gilbert, “ter um filho é como fazer uma tatuagem na cara. Você precisa ter certeza antes de se comprometer”. A partir daí, não há mais espaço para egoísmo ou para dúvidas e sobra amor e força. Nenhum esforço pode ser maior do que a sensação de ouvir “mamãe, te amo”.

Ser mãe é...
Ultrapassar limites e ser surpreendida todos os dias; é amar da forma mais completa.



Maria Fernanda Saccomani Mendes • 31 anos • Empresária. Mãe de Maria Flor, 8 meses.

Apesar de ser um sonho, pretendia esperar mais para ter filhos. Mesmo assim, passado o susto e a insegurança da descoberta, acredito que Maria Flor veio na hora certa, trazendo união e alegria para toda a nossa família. Com ela, aprendi a ser mais paciente, a dominar melhor minhas emoções, a ser mais forte. Descobri, ainda, que não há amor maior no mundo. Por causa da Maria Flor, deixei meu antigo trabalho e abri uma empresa que me permite ficar mais tempo com ela, para amamentá-la e estimular seu desenvolvimento. Tenho recebido total suporte do meu namorado e da nossa família. Hoje, sei que nasci para ser mãe, mas ainda não sabia disso.

Ser mãe é...
Um presente pelo qual só se pode agradecer, já que isso permite provar o amor incondicional e ser completamente feliz!



Mariana Antonelli • 30 anos • Empresária. Mãe de Helena, 3 anos • Daniel, 2 anos.

Por trabalhar muito, nunca havia planejado ter filhos, mas recebi dois presentes generosos — a Helena, depois de uma viagem ao exterior e o Daniel, quando fui fazer um exame de rotina. Na primeira gestação, há a insegurança relacionada à novidade; já na segunda, sentimos uma força maior por causa da experiência. Nas duas ocasiões, comprovei que o amor materno realmente é o maior sentimento que já tive a chance de provar. Como minha rotina de trabalho é muito intensa, curto o máximo que posso com eles, em atividades sempre prazerosas. A maternidade nos completa e mostra que, quando nossos filhos estão bem, não há problema no mundo que resista. 

Ser mãe é...
A experiência mais gratificante que uma mulher pode ter.



Mariana Mestriner • 31 anos • Cantora e Fotógrafa. Mãe de Giulia, 4 anos.

A chegada da Giulia mudou a minha vida. Até então, cantava MPB na noite, acompanhada pelo meu marido, o que interrompi depois do seu nascimento, revendo meus horários como cantora e fotógrafa. Vivi, e ainda vivo, intensamente cada minuto da maternidade, acompanhando toda a evolução dela. Ser mãe me mostrou que nada é mais importante do que o nosso filho — nós mesmas passamos ao segundo plano. A Giulia me trouxe outras perspectivas, inclusive profissionais. Na música entrei para o universo infantil graças a ela. Juntas, lemos, cantamos, passeamos e fazemos inúmeras atividades criativas. Desde que sou mãe, tenho uma companheira e melhor amiga para o resto da vida.

Ser mãe é... 
Sentir o maior amor do mundo, uma dádiva que agradeço a Deus todos os dias.



Milena Matta • 33 anos • Empresária. Mãe de Francesco, 2 anos • Antonio, 1 ano.

Com um casamento já consolidado, estávamos prontos para entrar em uma nova etapa e ampliar a nossa família. Os dois chegaram em um momento mágico, de muita maturidade. Posso dizer que, se com o primeiro filho você tem a esperança de controlar tudo, com a chegada do segundo, o planejamento é definitivamente colocado de lado. Para conciliar filhos, marido, casa, trabalho e viagens, meu dia começa às 5h30 e termina às 22h, mas não me canso, pois faço tudo com muito prazer. Com dois filhos, o egoísmo dá espaço para brincadeiras como cozinhar, viajar, ir ao clube, etc. Junte a isso a emoção de saber que meus filhos me escolheram e, pronto, sou só agradecimento. 

Ser mãe é... 
Aprendizado constante, emoções diárias, gratidão à vida.



Raquel Breda • 38 anos • Empresária. Mãe de Lucca, 2 anos.

Depois de um trabalho de parto de 10 horas, Lucca nasceu em um inesquecível parto normal. Desde então, meus dias — muito menos as noites — nunca mais foram os mesmos. A maternidade me tornou uma pessoa mais tolerante, consciente e espiritualizada. Passei a valorizar mais o momento e o tempo. A casa se tornou aquela bagunça boa, cheia de alegria e de brinquedos pela sala. A vida ganhou uma nova perspectiva e o trabalho já não é o item mais importante. Mais valem o sorrisinho matinal, os beijos na ponta do nariz e os abraços apertados. Os filhos nos ensinam muito, especialmente, a ter paciência, a conter a raiva, a respeitar, a dividir, a esperar, a ouvir e a amar.

Ser mãe é...
É a maneira mais perfeita que Deus inventou para que nós pudéssemos melhorar como pessoas.



Renata Collucci Olivo • 34 anos • Pedagoga. Mãe de Mateus, 7 anos • Gabriela, 5 anos.

Ter filhos sempre fez parte dos nossos projetos, sendo que planejamos a vinda de cada um deles. Queríamos que os dois tivessem uma pequena diferença para crescerem juntos, e assim aconteceu. A chegada de um bebê faz nascer uma nova família, pois modifica a rotina do casal completamente. Tanto na primeira experiência, marcada pela insegurança, quanto na segunda, mais tranquila, a maternidade me fez amadurecer e ter mais responsabilidade, pois preciso ser exemplo para os meus filhos. Sentir o carinho das crianças, com toda a pureza característica da infância, compensa toda a insegurança que educar um novo ser pode causar. 
 
Ser mãe é...
Sentir no aperto de um abraço e em um beijo melado o amor em sua perfeição.



Stefânia Amaral Sampaio Pereira • 32 anos • Empresária e Farmacêutica. Mãe de Melissa, 3 anos • Felipe, 1 ano • A espera de Mariana.

A maternidade sempre foi meu propósito de vida. A Melissa já existia nos meus sonhos e Felipe também foi muito desejado. Ter uma menina e um menino é uma experiência maravilhosa. A vivência com eles ensina a enxergar os dois mundos de uma nova maneira, diariamente. Cresci muito, e cresço, com eles — cada passo, cada dificuldade e cada vitória. Aprendi que cada filho é diferente e deve ser tratado de acordo com suas características, levando a rever conceitos o tempo todo. Já estamos ansiosos pela chegada da Mariana, mais uma bonequinha para alegrar nossas vidas. Poder me doar, guiar, proteger, cuidar e amar meus filhos me torna uma pessoa mais completa. 

Ser mãe é...
Descobrir que é possível amar acima de si mesmo e que a felicidade está nas coisas simples da vida.



Texto: Luiza Meirelles.
Fotos: Lídia Muradás.
Produção: Robes Britto
Agradecimento: Perplan Urbanização e Empreendimentos, responsável pela liberação da casa decorada do Condomínio Jardim Sul

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