Jairo Marques realiza palestra sobre diversidade e inclusão
Jornalista da Folha de S.Paulo realizou palestra nesta terça-feira, 26, sobre diversidade e inclusão de deficientes na sociedade

Jairo Marques realiza palestra sobre diversidade e inclusão

Evento recebeu o jornalista e escritor para palestra promovida pela Revista Revide; Bate-papo aconteceu nesta terça-feira, 26

O jornalista da Folha de S.Paulo Jairo Marques acredita que as pessoas devem olhar para os deficientes como seres humanos que podem fazer o que quiserem, como o voo de paratrike – triciclo com estrutura e motor simples que proporciona voos sentados – já testado por ele.

Esse foi um dos assuntos abordados durante a palestra “Diversidade e Inclusão: Um olhar para o século 21”. “Ao invés de querer mudar o outro, é preciso respeitar e compreender”, comenta.  

O jornalista e autor do livro “Malacabado – Um jornalista sobre rodas” atravessou sua infância, juventude e idade adulta em uma cadeira de rodas, e vem se empenhando em mudar a maneira como são vistas as pessoas com qualquer tipo de deficiência. “Estamos caminhando para que as pessoas entendam que o cadeirante vive bem em uma cadeira de rodas, que o cego não vai sair enxergando da noite para o dia, e que também caminha para que o surdo seja mais compreendido, que vamos aprender libras ou que haverá acesso por meio de legendas”, diz.

Segundo o jornalista, a sociedade caminha para aceitação de pessoas com deficiência motora, visual e auditiva, porém questiona o porquê da sociedade querer que pessoas com deficiências intelectuais sejam normais. “As incompreensões que temos perante as deficiências intelectuais ainda são brutais, nós achamos que a pessoa é absolutamente capaz e jogamos nela uma carga que nem sempre é verdadeira”.   

De acordo com Marques ser diferente é uma barra e lidar com as diferenças é extremamente complicado e doloroso, mas o autor explica que a partir do momento que isso já está instalado na sociedade, o ser humano precisa criar uma realidade melhor para eles viverem. “Ao invés de julgar, abrace essas diferenças e a oportunidade do acaso, se coloque na pele do outro e exercite isso”, finaliza.


Foto: Gabriela Maulim

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