Formado por jovens de Ribeirão Preto, banda Sector A presta uma homenagem aos canadenses do Rush

Formado por jovens de Ribeirão Preto, banda Sector A presta uma homenagem aos canadenses do Rush

Sem se intimidar com a complexidade das composições, integrantes da Sector A tocam o suprassumo do rock progressivo

Em meio à efemeridade das composições atuais da indústria musical, cinco jovens de Ribeirão Preto se arriscam contra a correnteza. Com idades entre 15 e 17 anos, os prodígios integram a Sector A, um tributo à banda canadense de rock progressivo Rush. Com canções que passam dos 10 minutos de duração e composições complexas, as músicas do Rush vão na contramão da geração Tik Tok.

 

Os integrantes da Sector A se conheceram no início de 2023, em uma escola de música em Ribeirão Preto. Rodrigo Morando – fã de Rush e pai do baterista Arthur – notou a convergência de interesses e o talento dos membros. Com o incentivo de outros pais fãs de rock clássico, em julho daquele ano fizeram o primeiro ensaio experimentando algumas composições do trio canadense. Com a chegada da vocalista Luisa Cangemi, no início de 2024, a banda encontrou a formação ideal.

 

Em dezembro de 2024, o grupo foi convidado a abrir o show do músico Digão (Raimundos) no Hard Rock Café. A experiência movimentou as redes sociais da banda e a projetou para um público novo, em diferentes localidades do país.

 

O próximo grande objetivo da Sector A será conseguir um espaço no festival Rush Fest, que ocorre em 2026 em Criciúma (SC), considerado o maior em tributo ao Rush no mundo. Os ribeirãopretanos foram notados pela organização do evento e já receberam convites informais para participar da próxima edição.

 

RUSH

 

Rush foi uma icônica banda canadense de rock progressivo formada em 1968, em Toronto. Composta por Geddy Lee (vocais, baixo, teclados), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria), o trio tornou-se conhecido por sua habilidade técnica, letras complexas e experimentação musical.

Rush influenciou gerações de músicos e se tornou um dos pilares do rock progressivo no mundo

 

Suas influências vão do hard rock ao jazz e à música clássica. Álbuns como “2112” e “Moving Pictures” consolidaram seu legado como pioneiro do rock progressivo, inspirando gerações de músicos. A banda encerrou atividades em 2018, após o agravamento do estado de saúde do baterista Neil Peart, que veio a falecer em 2020.

 

 

Luisa Cangemi, 17 anos (vocal)

Principais influências: Metallica, Charlie Brown Jr., Oficina G3 e Rush.

 

"Não gosto de cantar músicas que são monótonas. Gosto de músicas que me desafiem".

 

Enrico Ipolito, 16 anos (teclado)

Principais influências: Rush, Dream Theater, Yes e Marillion

 

“Eu gosto de tocar vários gêneros, não tenho aversão por outros estilos, apesar de preferir o rock e o metal progressivo”.

 

Francisco Schreiner "Isco", 16 anos (baixo)

Principais influências: Jorge Ben Jor, Hermeto Pascoal e Chico Buarque.

 

"Gosto muito de ficar pesquisando artistas que eu nunca ouvi na internet. Tanto é que as únicas pessoas da minha idade que eu conheço com gostos parecidos com o meu encontrei em grupos na internet".

 

Arthur Morando, 15 anos (bateria)

Principais Influências: Nicko McBrain (Iron Maiden), Neil Peart (Rush), Mike Portnoy (Dream Theater) e Dave Weckl.

 

“Comecei a tocar bateria com 8 anos. O Rush foi um desafio que me fizeram na escola: ‘duvido você tocar essa música’, que era a ‘Spirit of Radio’. Quando fui tocar percebi que era difícil, mas foquei nela e depois de um tempo consegui!”

 

Felipe Fern (guitarra)

Principais influências: The Beatles, Genesis, Jethro Tull, The Jimi Hendrix Experience, King Crimson e Led Zeppelin.

 

“Escolhemos Rush principalmente pela paixão em comum entre os membros, pelo desafio técnico e pelo diferencial de sermos a banda tributo ao Rush mais jovem do Brasil – talvez uma das mais jovens do mundo”.

 


Fotos: LucasNunes - Revide

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