Adolescentes contemporâneos

Adolescentes contemporâneos

Os estudantes dividem seus dias e se dedicam a atividades que os ajudarão futuramente, seja no dia a dia ou no mercado de trabalho

Ser adolescente não é uma tarefa fácil nos dias de hoje. É necessário ter muita organização para administrar as disciplinas escolares, as diversas atividades extracurriculares e ainda arranjar tempo livre para relaxar e se divertir. Cada vez mais preparados, os estudantes dividem seus dias e se dedicam a atividades que os ajudarão futuramente, seja no dia a dia ou no mercado de trabalho.

Sabendo das necessidades atuais, as escolas de Ribeirão Preto oferecem muito mais do que as disciplinas exigidas pelos vestibulares e ajudam os jovens na formação pessoal, moral e ética. “Acho muito importante a formação do caráter dos alunos e, no meu colégio, isso é trabalhado de uma forma bem legal. Depois de algumas aulas, revi meus conceitos com relação a muitos aspectos”, afirma Isabelle Mello Schineider, de 14 anos, aluna do Instituto Santa Úrsula.

Além disso, as infinitas possibilidades de aulas extracurriculares nas escolas facilitam a vida dos pais e permitem uma aproximação cada vez maior do colégio e o estudante. A jovem Isabelle aproveita os cursos oferecidos pelo Santa Úrsula e faz inglês na própria escola. “O colégio oferece, além das aulas tradicionais, o ensino da língua inglesa com muita qualidade. Para os meus pais, a possibilidade de fazer atividades no colégio é muito vantajosa, pois eles confiam no trabalho desenvolvido pelas irmãs”, declara a estudante, que tem amigas que também fazem outras atividades na escola.

O mesmo acontece com Saulo Simon Borges, de 16 anos. Apesar de realizar diversas aulas extracurriculares fora do COC, ele arruma um tempinho para ficar no colégio. Extremamente interessado em diversas áreas, o dia do jovem precisaria que ter mais do que 24 horas. O estudante vai à escola diariamente, faz inglês, redação, espanhol e ainda dá um jeito de se dedicar ao voluntariado. “Adoro ficar na escola. É um lugar que me deixa confortável, onde tenho meus amigos e minhas atividades”, declara o aluno do COC. Com comprometimento, Saulo deu início a um projeto de voluntariado no colégio. Junto com um grupo de colegas, promove oficinas em diversos locais, como creches, asilos e escolas. Como suporte, além de incentivo, a escola oferece o acompanhamento de uma professora com experiência na área.

Almoçar na escola é uma realidade de muitos estudantes, que procuram poupar algumas horas para realizarem outras atividades à tarde. Flávia Meirelles Israel, de 17 anos, costuma fazer a refeição no Colégio Marista e depois cumprir sua agenda da tarde, com plantão de dúvidas, aula de jazz e a Pastoral Juvenil Marista (PJM), grupo do qual participa há cinco anos. Nas horas em que está no programa, a estudante fica mais tranquila e busca uma força espiritual. Além disso, Flávia conta que já conheceu muita gente na Pastoral oferecida pela sua escola.

A adolescente Bianca Bueno Fontanezi, estudante do Colégio Auxiliadora, também entrou em contato com novos amigos através da Pastoral Juvenil Estudantil, da sua escola. “Participei da semana da pastoral e entrei em contato com pessoas do Brasil todo. Isso vale muito mais do que números, fórmulas e questões de provas”, acrescenta.

É claro que a estrutura profissional e física para a preparação para as grandes provas também são relevantes. Mas nesse quesito, destacam-se os professores, que agem como amigos dos estudantes. “Gosto de ser alguém e não um número. É assim que me sinto no Auxiliadora, pois os professores conseguem reconhecer se estamos bem ou não, preocupados, desleixados e por aí vai”, conta Bianca, que vai prestar Farmácia na USP e na Unesp este ano.

De acordo com os estudantes, o equilíbrio é muito importante. “Não adianta nada você se dedicar a inúmeras atividades e não ir bem na escola. Minhas notas sempre são boas, pois sou cobrado quanto a isso em casa. Se vou mal, meus pais exigem que eu abra mão de ocupações secundárias”, acrescenta Saulo. Para aprofundar nas disciplinas escolares, Yuri Cezarino, de 16 anos, sugere rever todos os dias a matéria passada em sala de aula. “Dessa forma, você não acumula estudo e tem a oportunidade de tirar suas dúvidas com os professores”, argumenta o jovem, que vai prestar Engenharia Aeronáutica na USP, ITA, UFMG e outras universidades públicas. Se identificar com a sua escola é outra sugestão do pré-vestibulando, que tem muita afinidade com os funcionários, professores e colaboradores do Liceu Albert Sabin.

Texto: Mariana Secaf
Fotos: Ibraim Leão

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