Alckmin diz que violência ocorre em véspera de eleição

Alckmin diz que violência ocorre em véspera de eleição

Ele falou dos atos criminosos ocorridos em Ribeirão Preto no final de semana

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que os crimes ocorridos em Ribeirão Preto no final de semana são praticados de forma articulada. “Em São Paulo, o que nós comprovamos [em caso de ônibus incendiado] foi uma ação articulada de criminosos que está em processo de investigação. Depois desta descoberta e da prisão de várias pessoas, não tivemos mais [ações], o que é muito estranho”, disse.

Ele também apontou que trata-se de ação de criminosos, com um deles já preso, com antecedentes criminais graves, como tentativas de homicídio, fugas e condenações. “São criminosos, o governo não vai recuar um milímetro. Não é coisa de trabalhador destruir patrimônio, queimar ônibus. Aliás, sempre acontece em véspera de eleição, para criar o caos e culpar a segurança, e culpar a polícia”.

O governador ainda afirmou que os mesmos fatos ocorreram na Capital. “Nós já vimos isso em São Paulo, prendemos pessoas ligadas ao crime organizado e aqui também serão presas. Já está indo bem a investigação aqui, no caso de Ribeirão Preto. Então todo o empenho da polícia, porque criminoso tem que ser preso. E ato de vandalismo também é crime e também terá punição”, garantiu.

Ônibus parados

Os ônibus do transporte público coletivo de Ribeirão Preto chegaram a ter paralisações em função dos ataques ocorridos no sábado e no domingo. Nesta segunda-feira a circulação voltou ao normal.

A suspensão ocorreu depois de a população do bairro Jardim Branca Sales, na região sudoeste da cidade, se revoltar após a Polícia Militar alvejar dois suspeitos de assalto que estavam com uma pistola falsa.

Eles teriam roubado um veículo no Jardim Nova Aliança, na Zona Sul, e uma farmácia. A polícia perseguiu os suspeitos até o Jardim Branca Sales, onde o suspeito teria ameaçado os PMs com a arma falsa. Ele foi morto e o comparsa, detido e encaminhado à Central de Flagrantes da Polícia Civil.

Após a ação da polícia, os moradores atearam fogo em dois ônibus, em dois caminhões de supermercado e em um carro de reportagem da TV Clube, que estava fazendo a cobertura dos acontecimentos. Uma viatura da PM foi apedrejada pelos manifestantes, que foram contidos com bombas de efeito moral e balas de borracha.

Na noite do mesmo dia a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp) suspendeu a circulação dos ônibus em toda a cidade, que voltou à normalidade na manhã do domingo. Porém, voltou a ser interrompida parcialmente após um veículo do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) ser incendiado no Parque Ribeirão. O caminhão da autarquia realizava reparos na rede de esgoto do bairro quando um homem abordou os funcionários e levou o veículo a uma praça, onde o incendiou.

Crimes mapeados

O coronel José Roberto Malaspina, comandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI-3), disse nesta segunda-feira que os fatos ocorreram no sábado porque a Polícia Militar mapeia as regiões da cidade e sabe onde os crimes acontecem. E que por isso os policiais estavam no local para perseguir e prender os bandidos.

Ele disse que a morte de um acusado, como ocorreu, não é objetivo dos policiais, que “agiram no limite da lei” aos serem ameaçados pelos bandidos e que só depois é que se descobriu que a arma era falsa.

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Texto: Brunno Vogah (Colaborador)
Fotos: Carolina Alves e Divulgação 

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