Alta na inflação
O IPC referente ao mês de abril registrou inflação e alta no custo de vida em relação a março 2012
A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP), em parceira com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), apresentou o resultado do ICP - Índice de Preços ao Consumidor referente ao mês de abril/2012, que ficou em 0,338% o que aponta inflação e alta no custo de vida em relação ao mês de março/2012.
Destaques deste resultado foram as elevações dos preços dos cigarros 9,756%, energia elétrica 2,420%, dentista 5,468%, leite 1,662%, aluguel 0,555% e da manga 30,763%. Já a carne bovina, as frutas e o automóvel novo registram quedas consideráveis de -0,418%.
Pesquisa
O objetivo da pesquisa é obter maiores informações do índice de inflação na cidade, e a partir dos dados revelados os consumidores e empresários podem elaborar métodos de atuação no mercado.
O índice mensal, calculado através da variação dos preços dos principais setores da economia, de acordo com pesos específicos para cada item da cesta de bens, demonstrou que despesas pessoais, habitação e saúde registraram variações de 3,399%, 0,443% e 1,668%, o que resultou em contribuições positivas de 0,122pp, 0,109pp r 0,107pp. Vestuário e alimentação apresentaram variações de 0,540% e 0,039% e contribuições de 0,031pp e 0,013pp. Já o transporte variou -0,211% com contribuição negativa de 0,040pp e educação teve um resultado modesto no índice final com contribuições próximas de zero.
No grupo alimentação destaque outra vez para manga, sexta maior alta no mês, com variação de 30,763% e contribuição no índice final de 0,048pp. No total, o grupo frutas obteve variação de 2,882% e contribuição no índice final de 0,064pp. A variação final de produtos in natura foi de -0,636% com contribuição final de -0,028pp.
Os produtos de elaboração primária tiveram variação de -0,677% e contribuição no índice final de -0,67pp. No total, produtos industrializados variou 0,427% e contribuiu no resultado geral do índice com 0,070pp. Em produtos semi-elaborados, a variação total foi de 1,977% com contribuição no índice final de 0,038pp.
A participação final do grupo alimentação resume-se à soma da contribuição dos grupos citados anteriormente.
Os grupos habitação e despesas pessoais funcionaram como âncoras no processo inflacionário, o que ajuda a frear a escala de preços.
O resultado do IPC deste mês ficou dentro da expectativa inicial que apontava alta de 0,20% a 0,40%, conforme divulgado em março/2012. De acordo com o economista responsável pela pesquisa, Fred Guimarães, o panorama inflacionário apresenta-se com perspectivas de resultados menos voláteis para o próximo mês. “A nossa expectativa é que a inflação de maio/2012 se posicione num intervalo de 0% a 0,2%, com alta de alimentos e vestuário e queda de combustíveis”, revela.
O cenário para os próximos meses segue num clima de incerteza quanto ao impacto provocado pela queda das taxas de juros. O risco neste caso é de que o mercado incorpore expectativas de inflação maiores nas taxas futuras, o que pode levar ao aumento da inflação e consequente retomada de alta Selic — uma taxa referencial de juros definida pelo Banco Central em reuniões periódicas — em 2013.
Neste panorama, poderão ocorrer eventos que contribuam com esse cenário, tais como, choque de oferta provocado por quebra de safra ou oscilações climáticas, pressões de demanda provocadas pelo aumento dos salários ou mesmo uma maior volatilidade do câmbio que possa provocar efeitos colaterais no ambiente interno, atingindo a trajetória dos preços.
Contudo, existe a possibilidade de oscilação nos preços do petróleo que possa trazer consequências, especialmente na trajetória dos combustíveis no mercado interno. A inflação acumulada de 12 meses deverá retomar trajetória alta, pois, serão incorporados os índices de maiores grandezas nesse ano no mesmo período.
Dessa forma, a previsão é que Ribeirão Preto tenha um acumulado de 12 meses que atualmente está em 2,85% e que passe a ser no máximo de 3,26% em maio/2012 e que evolua em junho/2012.
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