Arte como estilo
Para o artista JGor tudo pode se transformar em arte, depende de como o objeto é visto
“A arte que me escolheu”, é assim que Jose Roberto Ferreira Junior define o seu trabalho como desenhista. Apaixonado por desenhos desde pequeno, o artista enfrentou muitos obstáculos para poder mostrar que a paixão pelo desenho vai além de um simples trabalho, é sua escolha pessoal.
JGor, como assina seus trabalhos, acredita que com dedicação e fé é possível enfrentar barreiras e revelar ao mundo as mudanças que a cultura pode promover na humanidade. “A arte é liberdade, educação. A arte salva pode ter certeza”, afirma o artista.
Em entrevista para o portal da Revide, JGor fala sobre a sua trajetória no mundo da arte.
Qual foi o seu primeiro contato com a arte?
JGor: Eu desenho desde pequeno, meus pais diziam que quando eu era criança já queria ser desenhista. (risos)
Conte um pouco sobre a sua trajetória como artista?
JGor: Como falei, desenho desde pequeno e quando cheguei em São Paulo, em 1999, vi grandes pinturas nas ruas, exposições e assim a arte voltou para minha vida. Lembro que não tinha dinheiro para comprar tinta, então pegava restos de tintas, andava nas madrugadas procurando materiais para pintar, só depois de muito tempo e trabalho comecei a vender alguns trabalhos para os amigos. A partir dai comecei a sair em revistas, e hoje continuo na trajetória com muita dedicação e trabalho. Sempre falo que não escolhi a arte, foi a arte que me escolheu.
Quais são os materiais usados no seu trabalho?
JGor: Eu costumo usar todo tipo de tintas a óleo e em pastas, pincel, canetões... Não tenho muitas regras tudo depende do trabalho a ser feito.
Quais são suas referências quando o assunto é arte?
JGor: Basquiart, Miró... São muitos.
Em uma entrevista recente você citou o profeta Gentileza como uma de suas inspirações na hora de criar, existe semelhança entre os trabalhos de vocês?
JGor: Eu sou fã de pessoas do bem com alma iluminada e o admiro muito. Sempre lembro de uma frase dele “sou maluco para te amar e louco para te salvar”. O bom coração e a vontade de viver são as nossas maiores semelhanças.
De onde surgiu o pseudônimo JGor?
JGor: Meu nome é Jose Junior e em 2003 nasceu meu filho que chama Igor, juntei nossos nomes e ficou JGor.
Você saiu de Cajuru para tomar as ruas de São Paulo, existe diferença entre fazer arte no interior e na capital?
JGor: Na minha opinião não. Eu amo pintar, por mim pode ser em qualquer lugar.
Existe segredo para o sucesso?
JGor: Sim, dedicação, amor, paciência, fé e muito trabalho são os maiores segredos.
Por que você optou por trocar os muros pelas telas?
JGor: Na realidade pinto tudo, muro, tela, geladeira... Gosto de pintar tudo o que eu vejo isso depende do trabalho a ser realizado.
Na sua opinião o que é arte e como as pessoas podem vê-la?
JGor: Arte é aquilo que mexe com você, com a sua alma, temos que sentir a arte.
Revide On-line
Texto: Pâmela Silva
Fotos: Paulo Fabre