Conscientização ao Alzheimer

Conscientização ao Alzheimer

O dia 21 de setembro é data dedicada ao reconhecimento dessa doença como patologia de grande importância no mundo

O Ambulatório de Geriatria da Secretaria da Saúde apresentou o programa de conscientização ao Alzheimer na última terça-feira, 21 de setembro, para informar as pessoas sobre a doença que atinge 5% da população brasileira.

O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, e causa a morte gradual dos neurônios, provoca perda de memória e de outras funções cognitivas, como raciocínio, juízo crítico e orientação.

“O objetivo do programa é orientar grupo de cuidadores de pacientes com Alzheimer, no sentido de manter o idoso,  portador da doença, com mais autonomia e independência, e também para diminuir a sobrecarga do cuidador”, explica a coordenadora do programa de Saúde do Adulto e do Idoso, a médica geriatra Maria Nazareth Vieira da Silva.

Segundo dados de amostragem, cerca de 9% dos pacientes atendidos pelo ambulatório têm demência e metade destes pacientes tem o Mal de Alzheimer. A doença, caracterizada como um tipo de demência, atinge 5% da população acima de 65 anos e 15% acima de 80 anos.

Os principais sintomas apresentados pelo idoso são dificuldade de memorização de fatos recentes, e outra perda cognitiva, como dificuldades de realizar tarefas do dia-a-dia. Além disso, o diagnóstico do Alzheimer é feito baseado em uma avaliação clínica, onde é analisado que o paciente não tem apenas problemas de memória, mas passa a desenvolver outras doenças, como doenças de pele, problemas respiratórios e infecção urinária.

“Como a doença não tem cura, existe um tratamento que retarda seus sintomas, e faz com que o Alzheimer se desenvolva mais lentamente”, explica Maria Nazareth.

Uma das cuidadoras presentes no lançamento do programa contou às dificuldades em tratar da mãe, que tem Alzheimer, e diz que a doença ficou mais grave principalmente após a perda de uma de suas filhas.

“Apesar da minha mãe ter aceitado o medicamento, a morte da minha irmã contribuiu para que a doença avançasse. Estou esgotada, mas não deixo de cuidar dela, apesar da falta de ajuda de minha família”, conta a aposentada Emília Altino Peres, que foi afastada do trabalho definitivamente, e recebe um auxílio doença, juntamente com a aposentadoria da mãe.

“Minha mãe está recebendo cuidados em uma clínica, acho que também preciso de tratamento, principalmente psicológico para conseguir cuidar da minha mãe. Ainda bem que existe esse serviço da Secretaria de Saúde, que também orienta e prepara os cuidadores”, completa Emília.

Fonte: Prefeitura Municipal
Foto: Tiago Morgan

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