
Contra Renan Calheiros
Reunião com senadores começou por volta das 10 horas da manhã de hoje (20)
Indignados com a eleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado, os amigos ribeirãopretanos Emiliano Magalhães e Eduardo Cruz criaram uma petição na internet contra a permanência do atual presidente e conseguiram a marca de 1,55 milhão de assinaturas. A petição foi criada no site avaaz.org - uma comunidade de mobilização online que leva a voz da sociedade civil para a política global. Através dos representantes do site no Brasil, os colegas conseguiram uma audiência na capital brasileira.
Magalhães e Cruz embarcaram na tarde de ontem, dia 19, para Brasília para se reunir com senadores e outros cem defensores da causa para apresentar o documento.
Poucos minutos antes do embarque, Emiliano Guimarães não tinha detalhes da reunião, que começou por volta das 10 horas da manhã de hoje (20). “Sabemos apenas que há alguns políticos querendo nos representar, pois hoje é necessário que alguém ‘de dentro’ entre com o processo”, explica Guimarães.
Petição negada
Uma petição com 300 mil assinaturas foi entregue pela Ong Rio de Paz no dia 1º de feveiro - data da eleição. Emiliano acredita que a petição da Rio de Paz, também assinada por ele, foi negada, não pela quantidade de assinaturas, mas pela atitude dos senadores. “Eles [os senadores] acham que, uma vez eleitos, não devem explicações à população”, diz.
Pela primeira vez na mobilização política, Emiliano Magalhães e Eduardo Cruz decidiram criar a petição junto ao site AVAAZ por indignação, após a petição da ONG Rio de Paz ter sido negada. “Criamos a petição no dia 1º de fevereiro, dia da eleição. Chegamos em nossa meta de 1% da população votante (1.36 milhão) durante o carnaval”, explica Magalhães.
Votos Virtuais
Na Holanda, com uma população de aproximadamente 17 milhões de habitantes, com 40 mil votos virtuais, uma petição é analisada no congresso. Na Inglaterra - com 53 milhões de habitantes, há petição analisda com 100 mil votos virtuais.
O Projeto de Lei do Senado, Nº 129 de 2010, prevê que votos virtuais passem a valer, mas o projeto está parado no congresso. “Não podemos ficar parados com uma mentalidade antiga dizendo que os únicos protestos que valem são os das ruas”, opina Magalhães.
As pessoas que assinaram a petição para a saída de Renan Calheiros da presidência do senado (1,6 milhão) não estão presentes em Brasília na reunião de hoje, no entanto, há uma bandeira de mais de 150m2 com os nomes de todos eles. “A petição é uma resposta da população. Vamos tirá-lo de lá. O Renan vai cair”, finaliza.
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Texto: Bruno Silva
Fotos: Divulgação