Excelência na adversidade

Excelência na adversidade

Uma das maiores empresas educacionais do país, o Grupo SEB, de Chaim Zaher, conseguiu se reinventar durante a pandemia, mantendo o compromisso com a sólida qualidade do ensino e o foco na formação

A pandemia da Covid-19, que se estende por mais de um ano e meio, mudou o mundo e o Brasil, obrigando empresas e instituições a se adaptarem. Sem ser exceção, o setor educacional foi chamado a responder aos novos desafios impostos por circunstâncias inéditas. Se todos receberam um limão, muitos, infelizmente, não souberam fazer uma limonada. Com vasta experiência no setor, o presidente do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), Chaim Zaher, se destacou entre os que viram oportunidade na crise.


No início, pego de surpresa, sua reação natural foi não medir esforços para proteger vidas, de alunos, professores e colaboradores da instituição. “Naquele momento, as regras sanitárias eram imprescindíveis. Precisávamos conter a disseminação do vírus e não podíamos colocar a saúde de todos em risco”, afirma Zaher. Simplesmente paralisar o ensino, no entanto, não era uma boa solução, da perspectiva dos alunos, que sofreriam as consequências a médio e a longo prazo.

O que fazer? Zaher responde: “O Grupo SEB fez uma série de ajustes e conseguiu se adaptar com qualidade ao ensino a distância, oferecendo aos alunos ferramentas ágeis e importantes que, sem dúvida, contribuíram para o aprendizado”. As escolas do grupo seguiram à risco os rígidos protocolos de segurança sanitária e mais adiante, quando a retomada das aulas presenciais foi liberada, mantiveram o mais elevado nível de proteção a todos que frequentam as salas de aulas e demais dependências. “Para mim, essas adversidades que estamos enfrentando evidenciam, ainda mais, o valor da educação. Sem ela, não conseguimos avançar”, diz Zaher.

A pandemia deixou uma série de lacunas na vida das crianças. Os pais passaram a dar ainda mais importância à escola, a segunda casa dos estudantes, onde fazem amigos e desenvolvem a personalidade. Quanto aos professores, aprenderem a dar aulas a distância, cumprindo seu papel com heroísmo e criatividade. Sem tempo adequado para se prepararem para o novo cenário, tiveram que trocar a roda com o carro do ensino em movimento. Nas empresas do grupo SEB, eles se saíram excepcionalmente bem.

Os alunos também mudaram – e para melhor. “Os alunos de hoje são mais participativos, querem entender o porquê das coisas que estão acontecendo e entender o seu funcionamento”, observa Chaim Zaher. A partir de agora, entretanto, a escola terá que ficar muito atenta para os reflexos da pandemia e as consequências emocionais nas crianças após esse longo período de isolamento. “Todas as pessoas que estão envolvidas com o processo educacional precisarão de um acompanhamento socioemocional, até que a situação se normalize”, avalia o empresário.



Ações na pandemia

Com a pandemia de Covid-19, o investimento em tecnologias educacionais tornou-se prioritário para escolas e universidades comprometidas com o ensino de qualidade. Diante da impossibilidade de oferecer aulas presenciais durante a quarentena, foi preciso encontrar alternativas para ensinar, integrar e engajar alunos e professores em um novo modelo de aprendizado. “No Grupo SEB, investimos não apenas em ferramentas e tecnologias, mas também no treinamento dos professores e na comunicação com alunos e responsáveis”, afirma Zaher. 

Todas as escolas que integram o Grupo – como Maple Bear, Pueri Domus e Concept – adotaram uma série de ações durante a pandemia em prol dos alunos e dos professores.

Entre outras iniciativas, foi criada a Maple Bear Digital Learning Community, uma comunidade colaborativa online que reúne recursos de apoio e orientações para que as escolas possam oferecer suporte educacional aos alunos de todas as séries. Na ferramenta há atividades do programa regular da Maple Bear e mentoria para os pais orientarem seus filhos nas atividades e dinâmicas.

A Pueri Domus criou o Pueri Online Learning, composto por um canal no Youtube, plataforma digital Scules e pelo aplicativo Binóculo. Foi também elaborado o Pueri para a Família, para dar apoio aos pais. Ele é composto por um blog e um canal no Youtube. Nesse ambiente são trabalhados temas como fake news em tempo de Covid-19 e o bem-estar durante o isolamento. No front social, a rede estruturou a organização de uma ação para as pessoas carentes.

Já a Concept adotou o Google Classroom como plataforma de estudos para toda as séries da escola. A plataforma oferece conteúdo assíncrono, ou seja, propostas são disponibilizadas para que o aluno possa trabalhar no seu próprio tempo.

“Ao contrário do que se esperava inicialmente, as aulas virtuais aproximaram as famílias da escola. Esse trabalho em equipe, somado ao bom uso da tecnologia, levou os alunos de nossas escolas a superarem os desafios gerados pela pandemia e a alcançarem excelentes resultados”, conclui Zaher.

Crianças com pensamento global

Já vai longe o tempo em que as crianças dedicavam seu tempo apenas a brincadeiras ingênuas. Elas ainda soltam pião, empinam papagaios, penteiam bonecas, jogam bola. Tais atividades sadias, porém não as impedem de ter um mindset global. Na visão de Chaim Zaher, elas desenvolveram uma consciência do mundo em que habitam e sabem como suas ações podem impactar o meio ambiente.

“Temos uma ação nas Escolas SEB, que atuam como parceiras da Unesco, onde os alunos simulam durante um fim de semana inteiro, uma reunião da ONU”, conta o empresário. “Para se preparar para o evento, cada participante representa um líder de estado e imerge nas políticas internas, interesses e objetivos da comunidade das quais representam. O objetivo é chegar a decisões mundiais que beneficiem a todos e às futuras gerações. A adesão dos estudantes é sempre alta. Eles se entregam a um processo em que, de fato, se veem como representantes de uma mudança no mundo.” 

Outro exemplo do novo mindset, segundo Zaher, são os alunos que se destacam em clubes de ciência buscando soluções para a sociedade, de alternativas para contenção de vazamentos de petróleo a sensores para fraldas geriátricas. O uso da tecnologia em sala de aula (gamification, robótica, realidade virtual), metodologias ativas e protagonismo na trilha de aprendizagem também são uma característica de demanda da nova geração.  “A tecnologia e inovação transformaram totalmente o sistema de ensino – e elas não vão cessar”, conclui Chaim Zaher. 

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