Gaeco deflagra a Operação Urutau
A pedido do Gaeco, justiça bloqueou aproximadamente R$ 4 milhões dos investigados

Gaeco deflagra a Operação Urutau

Quadrilha de Ribeirão Preto é suspeita de licitações em prefeituras de São Paulo e outros seis estados, segundo Ministério Público

Uma quadrilha de Ribeirão Preto presa na Operação Urutau, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Militar (PM) na última terça-feira, 23, é suspeita de fraudes em licitações em 81 municípios de São Paulo e prefeituras de outros seis estados. A informação foi divulgada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

 

Quatro empresários, sendo dois homens e duas mulheres, foram presos temporariamente suspeitos de participar de um grupo criminoso que fraudava licitações para publicidade de atos oficiais de diferentes prefeituras. Nenhum político foi alvo de mandados de prisão ou busca e apreensão no âmbito da força-tarefa, de acordo com o MP, mas não se descarta um possível envolvimento de autoridades nos esquemas.

 

Segundo o Gaeco, além dos municípios paulistas, o grupo criminoso fraudou licitações e fechou contratos com várias prefeituras nos estados do Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco e na Paraíba. Os nomes das cidades, bem como das empresas alvos de investigação, não foram divulgados pela promotoria.

 

Segundo o promotor de Justiça do Gaeco de Ribeirão Preto, Frederico Francis Mellone de Camargo, a quadrilha fraudava licitações voltadas à contratação de empresas terceirizadas para publicidade de atos administrativos de prefeituras de São Paulo e de outros estados, em jornais de grande circulação e diários oficiais.

 

O grupo criava diferentes empresas de fachada com aparência de autonomia que, juntas, simulavam concorrências e direcionavam as licitações. A pedido do Gaeco, o juízo da 5ª Vara Criminal de Ribeirão Preto determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões dos investigados e das empresas usadas nos esquemas, além do sequestro de um imóvel, um automóvel e de aplicações financeiras. Também foi determinada a suspensão das atividades das empresas e de vários contratos ativos com diversas prefeituras.

 

Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e nove ordens de busca e apreensão em Ribeirão Preto. Os investigados foram levados à Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro, e responderão por fraude, associação para organização criminosa e lavagem de dinheiro.


Foto: Arquivo/Revide

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