
Guatapará: reduto da cultura japonesa
Sede da Colônia Mombuca, o município se destaca na produção de ovos, de cana-de-açúcar, de milho e de soja
Com o nome de uma espécie de cervo que existia em abundância na região, o município de Guatapará se originou de uma extinta fazenda homônima. Fundada em 1865, por Martinho Prado da Silva Júnior, conhecido como Martinico Prado, a Fazenda Guatapará, já no primeiro ano de existência, originou uma lavoura cafeeira de 260 alqueires — a maior área destinada à cultura no planalto de Ribeirão Preto.
Em 1938, o prefeito de Ribeirão Preto, Fábio de Sá Barreto, criou o Distrito de Guatapará, cuja sede se localizava na Fazenda Guatapará até 1962. Naquele ano, a sede do distrito foi transferida para parte fronteiriça da estação de Guatapará. Em novembro de 1989, a população, por meio de plebiscito, emancipou o Distrito, dando origem ao município.
A maior geradora de renda de Guatapará é a Colônia Mombuca, composta por 22 granjas administradas por japoneses, com produção diária de 700 mil ovos. Tal desempenho, juntamente com a cultura da cana-de-açúcar, do milho e da soja, tornam o agronegócio o maior destaque na economia do município.
Entre os atrativos turísticos da cidade está a Festa da Colheita de Guatapará. O evento comemora, revivendo as tradições japonesas, o aniversário da fazenda que recebeu inúmeras famílias de japoneses e seus descendentes diretos, vindos para o Brasil em 1962.
O aterro sanitário de Guatapará também garante mais qualidade de vida à região. O local gera energia elétrica a partir de biogás, obtido de mais das duas mil toneladas de lixo doméstico recolhidas diariamente em 20 cidades do entorno de Ribeirão Preto. A usina de bioenergia é a primeira do interior de São Paulo e está sob o comando da Estre Energia Renovável.