Nunca tarde

Nunca tarde

“A nossa cabeça é o melhor remédio que temos. Temos sempre que pensar positivo”

Neusa Celeste Vieira Bighetti tem 75 anos e muita história para contar. Nasceu em 1945, em plena Segunda Guerra Mundial. Casou-se em 1971 e, 12 anos depois, ficou viúva. Tem duas filhas, de quem fala com muito amor e carinho. Depois de uma carreira extensa, com viagens, entrevistas e muitos contatos, Neusa passa seus dias em uma fazenda no interior de São Paulo, onde mora há 50 anos. Para ela, a idade nunca foi um problema: sempre conduziu a vida da melhor forma possível, sem limitações com o passar dos anos. “Acredito que a idade está em nossa cabeça. Claro que hoje sinto algumas diferenças de quando era mais jovem, mas isso nunca foi um problema para mim”, ressalta. Tanto não é um problema que Neusa Bighetti, aos 60 anos, fez faculdade de jornalismo em Ribeirão Preto.

Saúde física e mental

Neusa Bighetti cuida muito da saúde. “Vou todo dia à piscina por alguns minutos, tomo sol, sempre gostei de cuidar da saúde”, conta a apresentadora. Faz pilates por conta de um problema na coluna que desenvolveu em razão da postura, mas tem gosto pela atividade. Neusa cuida também da alma — gosta de ler, comer bem, escolher seus alimentos e saber a procedência deles. “Não peço comida aqui em casa. É muito mais saudável fazer a nossa comida”, explica e brinca: “se um dia eu ficar sem alimento, eu planto, sem problema algum”. Seus hobbies se espalham pelos 25 cômodos de sua casa e seu jardim. Neusa gosta de cuidar do lar, das plantas e exercita, também, a parte intelectual. Com toda a experiência de vida, gosta de relembrar os tempos áureos de sua carreira, como as viagens marcantes que fez a Nova Iorque, Paris e a outros lugares do mundo.

Carreira de sucesso

Comumente conhecida como Neusa Bighetti, a apresentadora, antes de tudo, fez curso de secretariado no início da carreira profissional. Trabalhou como secretária na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) e, ao mesmo tempo, fazia faculdade de Direito. Formou-se, mas não seguiu a carreira. “Entendi que a advocacia não era para mim. É uma área que precisa ter muito jogo de cintura”, conta Neusa. Muito próxima de Elmara Bonini, atual reitora da Unaerp, Neusa foi convidada por ela para ser colunista social de um jornal. No início, a jornalista ficou em dúvida, mas logo aceitou. Depois disso, começou a ser convidada para eventos, viagens, hotéis no mundo todo e oportunidades únicas na vida profissional. “O que eu vivi foi uma oportunidade única, incalculável. Coisas que, hoje em dia, ninguém mais vai viver”, relembra.

Com fé eu vou

Muito católica, a jornalista é conectada à fé e reza todos os dias. “Tenho velas acesas em casa para Santa Luzia, uma santa em que confio muito”, explica. Neusa acredita no valor que cada um deve ter de si mesmo. “Essa pandemia foi um aprendizado para mim e acredito que as coisas estejam diferentes”, avalia. Hoje, isolada com uma de suas filhas, Neusa reflete sobre a vida e constrói a cada dia o seu cotidiano, com esperança de tempos melhores. “A nossa cabeça é o melhor remédio que temos. Temos sempre que pensar positivo”, finaliza a apresentadora e jornalista.

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