
Pelas ruas de Ribeirão
Pelo terceiro ano consecutivo, Ribeirão Preto recebe uma etapa da Stock Car, competição automobilística marcada por evoluções
Entre os dias 18 e 20 de maio, Ribeirão Preto será palco da 4ª etapa da Copa Caixa Stock Car 2012, o 3º GP Ribeirão Preto, corrida da principal categoria do automobilismo brasileiro. Aguardado, o evento reúne amantes do esporte, empresas patrocinadoras e curiosos para acompanhar os roncos dos motores e torcer por seu piloto favorito em uma pista montada no bairro Nova Aliança, Zona Sul da cidade.
As primeiras etapas da temporada 2012 da Stock Car aconteceram, respectivamente, em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Velopark (RS). A disputa está equilibrada, sendo Ricardo Maurício (Eurofarma-RC) o líder, com cinco pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Valdeno Brito (Shell Racing). Em sétimo lugar na classificação está Átila Abreu (Mobil Super Pioneer Racing), também chamado de “Rei de Ribeirão” por ter vencido as duas primeiras provas na cidade, em 2010 e 2011.
Além dos duelos entre aclamados nomes, como o tetracampeão Cacá Bueno (Red Bull Racing), Valdeno Brito, o campeão de 2010, Max Wilson (Eurofarma RC), entre outros, o público poderá curtir, logo após as disputas da 4ª etapa, um show de adrenalina sobre rodas com Negretti Moto Show e a equipe Quicks Wheeling Show.
A São Francisco Saúde prestará a cobertura médica ao 3º GP Ribeirão Preto. Uma completa estrutura foi montada para proporcionar total segurança, tanto para o público que prestigiará a corrida, quanto para os pilotos e suas equipes. Além de ambulâncias e ambulatórios médicos no local, um esquema especial de emergência será montado, inclusive com UTI.
História
A primeira prova do Campeonato Brasileiro de Stock Car aconteceu em 1979, no autódromo de Tarumã (RS). Sua criação se deve ao anseio de uma comunidade apaixonada por carros de corrida: uma categoria de Turismo que unisse, para os padrões da época, desempenho e sofisticação. A primeira prova contou com a presença de 19 carros, todos do modelo Opala com motores de seis cilindros. A partir de 2000, a Stock Car entrou em uma nova era. Passou a se profissionalizar, dentro e fora das pistas, dando os primeiros passos até se tornar a principal categoria do automobilismo nacional. A transmissão televisiva também impulsionou o sucesso, atraindo mais pilotos, equipes e patrocinadores.
A temporada de 2005 entrou para a história. Além da categoria ter se tornado multimarca — pela primeira vez, os Mitsubishi-Lancer correram ao lado dos Chevrolet-Astra —, 40 carros da Stock Car V8 realizaram uma inédita etapa fora do Brasil, em uma rodada ao lado da TC2000, principal categoria argentina, no Autódromo Oscar Gálvez, em Buenos Aires, recebendo um público de 70 mil pessoas.
Em 2006, a Stock Car V8 recebeu a terceira marca: o Volkswagen-Bora. Neste ano, o piloto Cacá Bueno conquistou seu primeiro título na categoria, após três vices-campeonatos seguidos.
Dois importantes acontecimentos na Stock Car marcaram o ano de 2007: a entrada da quarta marca — a Peugeot, com seu 307 sedã — e o novo nome Copa Nextel Stock Car. Também foi introduzido o Prêmio Velocidade para o piloto que fizesse a volta mais rápida. Já o ano seguinte ficou marcado pela Corrida do Um Milhão de Dólares, premiação inédita no automobilismo nacional. Visando a segurança, o grid de largada teve uma diminuição no número de participantes, passando de 38 para 34 carros alinhados.
Em 2009, a implantação de um novo carro foi o destaque da Copa Nextel Stock Car: o modelo JL G-09, com muito mais tecnologia, competitividade e segurança. Outra novidade foi a participação de apenas 32 veículos no grid de largada, ou seja, totalizando 16 equipes na divisão principal.
Há dois anos o nome mudou para Copa Caixa Stock Car. Hoje, os carros com motor V8, potência de 520 cavalos e câmbio de seis marchas XTrac têm uma série de tecnologias aplicadas, entre elas, injeção eletrônica Bosch, banco Dural — o mesmo utilizado na competição americana de Stock Car, a Nascar —, Nose-box, um novo sistema de absorção de impacto, usado na Fórmula 1, chassi de tubos de molibdênio, freios a disco com sistema independente para cada roda, carroceria de fibra de vidro, entre outros. O combustível utilizado é o etanol da Shell.
Pneu Stock Car x Pneu de passeio
Na Stock Car são utilizados os pneus Goodyear modelo Eagle, aro de 18 polegadas, com estrutura diferenciada dos utilizados pelos automóveis de passeio. A diferença mais visível é que, em dias de piso seco, os pneus das pistas são lisos (slick) para aumentar o contato com o solo e, assim, garantir maior aderência. Trata-se de um pneu desenvolvido especialmente para corridas — que não serviria para um carro convencional por diversos motivos: o papel das ranhuras é fazer a drenagem da água para garantir a aderência com o solo quando a pista está molhada, evitando assim a aquaplanagem do veículo.
Além disso, pneus de competição apresentam um composto de borracha mais macio do que os de rua, que dão maior aderência ao asfalto para rodar em alta velocidade. No entanto, está sujeito a um desgaste mais acelerado, o que, nas competições, torna a disputa mais acirrada.
O tempo de troca dos pneus também é um fator decisivo no resultado de uma prova. Na Stock Car, as equipes sabem exatamente o momento em que os pneus devem ser substituídos. Geralmente, é quando o rendimento do carro deixa de ser competitivo, ou seja, passa a andar mais lento do que os demais.
4ª etapa Copa Caixa Stock Car
Local: Avenida Braz Olaia Acosta, nas proximidades do Mercadão da Cidade e do RibeirãoShopping.
Extensão: 2.395 m
Programação:
19 de maio
Das 8h30 às 13h15:
Treinos Livres / Máx. 25
voltas (1º e 2º Grupo)
Das 15h às 15h50:
Classificação
Das 16h15 às 17h40:
Volta rápida
20 de maio
8h35: Abertura de box
8h55: Fechamento de box
Das 9h às 9h10:
Formação do Grid
9h25: Hino Nacional
9h27: Placa de cinco minutos
9h32: Volta de apresentação
9h35: Largada
(40 min de prova + 1 volta)
10h20: Pódio
11h15: Atrações de pista
Das 11h30 às 12h30:
Visitação aos boxes
(fonte: www.stockcar.com.br)
Texto: Marina Resende
Fotos: divulgação