Por uma melhor preservação

Por uma melhor preservação

Tombamento do Arquivo Público projeta melhorias na conservação de documentos históricos de Ribeirão Preto

Criado em 1992 pelo então secretário da Cultura, Divo Marino, o Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto foi tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto (Conppac). A notificação do conselho e o comunicado feito pela Prefeitura Municipal ocorreram no dia 7 de novembro.

O tombamento confere ao acervo garantia de melhorias quanto à conservação de documentos históricos e demais questões, como preservação da memória urbana e pública.

Por 20 anos, a historiadora Tânia Registro trabalhou no Arquivo Público da cidade. Segundo ela, o local reúne um acervo com cerca de 200 mil documentos, com datas desde 1870 e divididos entre fotografias de Ribeirão Preto, processos judiciários e administrativos e documentos de fórum.

“O acervo é riquíssimo para entender o desenvolvimento da cidade, para guardar história e, além de assegurar pesquisas, assegurar também os direitos do cidadão”, afirmou Tânia, atualmente na Divisão de Museu e Arquivo da Secretaria Municipal da Cultura.

A solicitação de tombamento do Arquivo Público foi feita pela Associação Amigos do Arquivo em novembro de 2010 e foi aceita somente em setembro de 2012, conforme ata de reunião ordinária do Conppac.

Antes da criação do Arquivo Público e Histórico, toda a documentação existente e que remete ao tempo que Ribeirão Preto ainda era vilarejo estava depositada em porões de museus e do Palácio Rio Branco; outros documentos estavam espalhados em departamentos da administração sem os devidos cuidados.

O arquivo foi instalado na Casa da Cultura em julho de 1992 e, três anos depois, transferido para a ‘Casa da Memória’, sede própria do acervo até hoje.

A diretoria do Arquivo Público pede, agora, um novo local para guardar documentos e mantê-los em melhores condições de preservação e organização. “Infelizmente muita coisa já se perdeu por vários motivos”, lamentou Tânia. “Os documentos têm que ficar em lugar adequado e equipamento compatível para cada tipo. São preocupações de conservação e o tombamento vai servir para manter tudo isso”.

Revide Online
Texto: Fernando Belezine (Colaborador)
Fotos: Divulgação

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