Projeto Rondon propõe um ‘País melhor para viver’

Projeto Rondon propõe um ‘País melhor para viver’

Estudantes da USP, campus de Ribeirão Preto, participam de expedição do Projeto Rondon em São Mateus do Maranhão

“Quero que meus sobrinhos, afilhados e vizinhos tenham um Brasil melhor e desmitificar que o estado tem que fazer tudo”, essa é a missão proposta pelo professor da Universidade de São Paulo (USP), Auro Nomizo, aos oito estudantes que estão na Operação Jenipapo, do Projeto Rondon.

São alunos dos cursos de enfermagem, nutrição, direito, pedagogia, psicologia, farmácia e administração, liderados pelos professores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (Fcfrp) da USP, Auro Nomizo e Osvaldo de Freitas.

Eles foram para o município de São Mateus do Maranhão (MA) para levar informações de tratamentos, novas ferramentas e técnicas para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem por lá, além de combater problemas característicos do local, como a violência sexual infantil e o êxodo escolar.

São Mateus do Maranhão apresenta o Índice de desenvolvimento humano municipal (Idhm), de 0,616, abaixo da média do estado em que está situado, que é de 0,639. O Maranhão tem o segundo pior IDH do Brasil, à frente apenas das Alagoas, com 0,631.

Entre as propostas, está a capacitação de professores e dos habitantes do município para que “em médio e longo prazos haja melhora na situação de vida daquelas pessoas, com a formação de capacitadores”, diz Nomizo.

O professor explica que a proposta do grupo é mostrar uma abordagem mais humana e “não discriminatória e violenta” por meio de filmes e exemplos de personalidades públicas que demonstram valores éticos.

Nomizo explica que o projeto ensina a cidadania, mostrando as maneiras pacíficas de se exigir um direito, para os moradores que recebem o projeto, e formar profissionais com o sentido da cidadania, para os estudantes que participarão da expedição.

“Se eu conseguir fazer isso, eles terão um País mais ético e justo para viver”, propõe o professor.

Ele também acredita que com a participação no projeto, os estudantes possam “repensar o que é felicidade neste mundo consumista”, já que eles terão exemplos de pessoas que vivem em casas com o piso de chão batido, mas que são felizes mesmo assim.

Palestra sobre o Projeto Rondon

Depois que voltarem do projeto, o professor Auro Nomizo, irá ministrar uma palestra sobre o Projeto Rondon, com a participação dos estudantes, que contarão as experiências vividas na expedição.

O evento acontece do Campus da USP Ribeirão Preto, no dia 21 de março, com entrada gratuita.

Revide On-line
Leonardo Santos (Colaborador)
Fotos: Divulgação e Arquivo Revide

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