
Protesto em Ribeirão Preto reuniu 35 mil pessoas, segundo a PM
Manifestantes fizeram passeata pelo Centro da cidade e na avenida 9 de Julho; em sertãozinho, ato reuniu cerca de 200 pessoas
A manifestação contra o governo Dilma Rousseff (PT) reuniu cerca de 35 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, namanhã deste domingo, dia 15, em Ribeirão Preto. Os manifestantes começaram a se concentrar por volta das 8h30 na praça Carlos Gomes (veja galeria de fotos abaixo).
A maioria estava vestida de verde e amarelo e com rostos pintados com as cores da bandeira nacional. Havia também manifestantes com camisetas com os dizeres “Fora Dilma”, vendidas por um dos grupos que participou da manifestação.
Dois caminhões de som apoiaram a manifetação. Por volta de 10h30 os manifestantes deixcaram a praça, fizeram uma passeata pela rua Visconde de Inhaúma e seguiram pela avenida 9 de Julho até no cruzamento com a Presidente Vargas. A passeata foi encerrada pouco depois das 12h, quando os partcipantes se dispersaram.A maioria das faixas apresentada no protesto pedia o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB), mas houve quem também defendesse a reforma política, com voto não obrigratório, parlamentarismo, voto distrital misto e financiamento público de campanhas.
Também foram mostradas faixas com apoio à reforma política com consulta popular. E não faltou provocações à manifestação de sexta-feira, dia 13, quando se divulgou que manifestantes receberam dinheiro para participar dos protestos. “Não precisamos pagar ninguém para protestar, como fez a CUT e o PT”, disse um dos organizadores.
Um dos caminhões também reproduziu uma música em ritmo de rock pedindo a renúncia da presidente. Também foram tocados várias vezes os hinos Nacional e da Bandeira, quando os manifestantes gritavam que suas bandeiras nunca seriam vermelhas.
Na concentração, houve venda de camisetas com a frase Fora Dilma e distribuição de apitos e balões verde e amarelo. Durante a caminhada, os manifestantes gritaram palavras de ordem, sempre contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
Em Sertãozinho
Cerca de 2000 pessoas participaram da manifestação contra a presidente Dilma Rousseff em Sertãozinho. Os manifestantes se reuniram na Praça 21 de Abril, no Centro da cidade e seguiram caminhando pela rua Aprígio de Araújo até o Ginásio Pedro Ferreira dos Reis, o Docão.
Um dos organizadores do ato no Facebook, o metalúrgico Claudinei Oliveira, distribuiu para as pessoas que chegavam à praça 300 cartolinas, para a confecção de cartazes, 500 bandeiras do Brasil, além de cem potes de tinta guache, para pintar o rosto dos participantes nas cores verde e amarelo. Os produtos foram fruto de doação de entidades do setor sucroenergético sediadas no município.
Um caminhão e dois carros de som, fizeram buzinaço na chamada Operação Impeachment - Fora Dilma. Os manifestantes argumentaram que o objetivo do protesto é para “o Brasil saber a situação da crise que vive Sertãozinho e que todos saibam da indignação da população com relação à corrupção na Petrobras”.
O professor de história Egídio Neves Neto, que estava entre os manifestantes, disse que o movimento é necessário para o povo mostrar aos políticos que está acordado, para que não seja criado um “civismo cínico”, no qual “todo mundo fica quieto, enquanto os governantes, com cara de pau, praticam corrupção”, explicou.
Antes de as pessoas ganharem a rua, um empresário foi vaiado pelos outros participantes do ato, por cobrar que fosse “dado nome aos bois”, no caso o partido da presidente Dilma Rousseff, o Partido dos Trabalhadores, ao invés de simplesmente criticarem a corrupção de forma genérica.
Além do Impeachment da presidente da república, os manifestantes cobraram a cassação do vice, Michel Temer (PMDB), a realização de novas eleições, a revisão dos valores de impostos, como a conta de energia elétrica e a revogação da medida provisória que tornam mais rígidos a obtenção de benefícios trabalhistas e previdenciários, como o seguro desemprego, pensões e auxílio-doença. Com as medidas, que reduzem direitos dos trabalhadores, o governo pretende economizar R$ 18 bilhões.
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Guto Silveira e Leonardo Santos (Colaborador)
Fotos: Julio Sian