Relatos de Clássico

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Livro traz três partidas "esquecidas" pelas estatísticas


Para completar a trilogia do futebol ribeirãopretano, o jornalista Igor Ramos, levou aproximadamente três anos para reunir todo o material necessário para compor o seu livro “Come-Fogo - Tradição e rivalidade no interior do Brasil”, que será lançado no dia 22 de agosto, no Centro Cultural Palace. “Esta obra é uma compilação de dados com algumas descobertas importantes para a história do esporte da cidade”, explica o jornalista.

O livro terá, ao longo des 204 páginas, um resumo de todos os jogos entre os rivais. Além de estatísticas, curiosidades sobre os confrontos e depoimentos de ex-jogadores, os grandes personagens dessa história. “No processo de pesquisa em jornais da época, me deparei com registros  de três partidas que jamais haviam sido divulgadas na história de Ribeirão Preto. Creio que essa é uma grande contribuição para a memória do nosso futebol, pois estamos tratando de um dos principais clássicos do futebol brasileiro”, ressalta Ramos.

Com a descoberta destas três partidas, “esquecidas pelo tempo”, o jornalista afirma que os números totais dos confrontos mudarão.

Obras predecessoras
Nascido em Ribeirão Preto, o jornalista Igor Ramos escreveu, em 2008, o livro “Botafogo - Uma História de Amor e Glórias”, o primeiro, e único, livro sobre a história do Pantera. Mais tarde, em 2011, foi a vez do jornalista contar a história do Leão do Norte na obra “Comercial - Uma Paixão Centenária”. “Durante muitos anos do meu trabalho como jornalista estive muito focado nos clubes da cidade e vi a possibilidade de me aprofundar em pesquisas para conhecer ainda mais sobre eles. Foram então surgindo os projetos dos livros, executados como produções independentes”, explica o jornalista.

Surpresas e curiosidades
As descobertas vão além e prometem despertar o interesse de pesquisadores. Outro dado revelador, destacado pelo jornalista, foi encontrado na leitura de uma por uma das crônicas dos jornais publicadas desde os anos 20. Na história do futebol brasileiro se conta que o primeiro gesto de fair-play (jogo limpo), que se tem conhecimento, foi protagonizado por Garrincha, em 27 de março de 1960, em um jogo entre Botafogo (RJ) e Fluminense no Maracanã. No entanto, durante a pesquisa, o jornalista descobriu que foi em um “Come-Fogo”, anos antes, que tal atitude foi vista pela primeira vez por torcedores e jornalistas, o que na época, segundo registros, causou uma grande surpresa.

A história conta que coube  ao goleiro  argentino Bonelli jogar a bola para fora de campo para que o botafoguense Neco, que estava caído na sua área, pudesse ser atendido por um médico. “Se hoje o ‘Come-Fogo’ não tem o mesmo charme de antes, espero contribuir levando ao público, especialmente às novas gerações, um pouco do que foi esse clássico, e com isso manter viva essa chama que envolve um dos maiores dérbis do futebol brasileiro”, conclui.

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Foto: Divulgação

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