Saldo positivo

Saldo positivo

Presença de grandes autores garante público ainda maior na 10ª edição da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto

 10ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto termina com um saldo positivo. Este ano, 427 mil pessoas da região e de outros estados participaram dos Cafés Filosóficos e dos Salões de Ideias durante o evento.

De 10 a 20 de junho, shoppings, bibliotecas, teatros e praças, palcos,  que reuniram 122 autores, estiveram em destaque, ampliando o repertório cultural e literário do público ribeirãopretano, que teve a oportunidade de conferir a re-edição de um dos encontros mais significativos da MPB — o Clube de Esquina —, conhecer repertórios musicais alternativos, como o de Tom Zé, reverenciar nomes atuais e consagrados da música, como os de Maria Gadu e Nana Caymmi, além de ter um contato mais íntimo com os maiores escritores brasileiros da atualidade.

No total, a Feira contou com 50 expositores em 66 estandes e proporcionou 600 eventos, englobando as mais variadas formas de expressões artísticas. Em termos econômicos, gerou 800 empregos diretos.
Esta edição trouxe algumas novidades para o público, como o Projeto Corredor Literário, que levou autores ao RibeirãoShopping; o projeto Nossa Aldeia, que valorizou a produção literária local; a Vila do Livro e a Casa do Menino Maluquinho, espaços lúdicos criados para as crianças; a Casa de Leitura do Acre, reservada para atividades típicas do estado homenageado; a Fábrica do Conhecimento, que levou para os Estúdios Kaiser de Cinema oficinas e atividades para os jovens; sarais literários, exibição de filmes espanhóis no Cineclube Cauim; intervenções artísticas, além da realização de seminários voltados para públicos específicos.

O Projeto Cheque-Livrinho permitiu que cada um dos 3.000 alunos da 5ª série da rede municipal de ensino recebesse um vale-compras em formato de talão de cheque, contendo nove folhas no valor de R$ 2,00, destinados à compra de livros. Segundo a presidente da Fundação Feira do Livro, Isabel de Farias, a iniciativa permitiu às crianças o exercício da cidadania, possibilitando a elas o acesso ao livro. “Com o recurso em mãos, elas puderam escolher o que queriam comprar. Depois, perceberam que poderiam otimizar os R$ 18,00 e passaram a negociar com os livreiros e, por fim, aprenderam a lidar com a frustração, pois quando receberam os cheques acharam que poderiam comprar tudo, até salgados”, ela conta. Outro ponto favorável da iniciativa, conforme Isabel, é que no final de semana as crianças voltaram à Feira com os pais, que chegaram, inclusive, a completar o valor para adquirir um produto um pouco mais caro.

Um dos problemas recorrentes da Feira, a presença de ambulantes em meio ao público, com botijões de gás e panelas com óleo quente, que representava um risco à população, foi resolvido com o decreto “Tolerância Zero” da Prefeitura. Isabel destaca, entretanto, que ainda é necessário solucionar o problema dos adolescentes que ficaram vagando pelo evento, sem nenhuma orientação. “É preciso pensar em uma forma de inseri-los na programação. A Feira do Livro não pode virar ‘footing’. Uma das formas de evitar que isso ocorra é fechar a Feira com catraca ou mesmo estreitar ainda mais a relação com as escolas”, sugere.

A valorização dos autores locais, com as leituras dramáticas realizadas por artistas famosos, também foi um ponto muito positivo desta edição, assim como a itinerância, que fez com que o evento se estendesse pela cidade. “Tivemos grandes avanços. A Feira do Livro de Ribeirão Preto é conhecida em todo o Brasil. Hoje, artistas e escritores já a conhecem e querem participar. O evento está consolidado”, conclui Isabel.

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