Solidariedade na adolescência
Estudantes compartilham a vontade de ajudar o próximo e desenvolvem trabalhos filantrópicos
O fim do ano faz aumentar o desejo de fazer o bem e, principalmente, ajudar os mais necessitados. Muitos estudantes transformaram essa atitude em um hábito e ajudar o próximo passou a fazer parte do dia a dia de muitos jovens.
A filantropia, uma palavra de origem grega que significa ‘amor à humanidade’, movimenta centenas de comunidades para ajudar os demais, de forma direta ou indireta, através de organizações não governamentais. Foi a amiga de Beatriz Moreno, de 16 anos, que a incentivou a participar de atividades solidárias. O colégio também conta com iniciativas, mas a estudante assume que a organização na companhia da turma é a parte mais prazerosa do trabalho. “Definimos o público que visitaremos e, depois disso, buscamos mais voluntários para uma campanha de arrecadação”, explica a jovem, que já fez várias visitas em creches, asilos e outras entidades assistenciais.
De acordo com Patrícia Rachel Pisano Manzoli, coordenadora do COC, é muito importante o contado dos jovens com projetos de solidariedade. “O conceito de responsabilidade social precisa ser concretizado por meio de um processo educacional de longo prazo para ter um valor vigente no comportamento. Por isso, quanto mais cedo conscientizarmos as crianças sobre isso, mais conseguiremos gerar ações concretas de cidadania e transformar a ética em prática social”, explica.
É o que aconteceu com Marina Colli de Oliveira, de 17 anos, que participa de atividades filantrópicas desde os cinco anos, quando acompanhava os pais em uma campanha de arrecadação de alimentos, brinquedos, roupas e remédios. “Já fiz várias ações, como distribuir pão aos moradores de rua, visitar asilos e creches, entre outras. Com esses trabalhos, tenho mais consciência em relação à diferença que isso faz na vida de quem precisa”, conta a estudante. Para a jovem, falta engajamento das pessoas nessas atividades, pois, segundo Marina, muitos querem fazer e depois abandonam o trabalho.
Isadora Bettarello também resolveu praticar a filantropia e, há quatro anos, descobriu o prazer em ajudar as pessoas. “Lembro-me do primeiro sentimento que tive, uma satisfação imensa em ver a felicidade no rosto das crianças com o pouco do que oferecíamos a elas”, conta a estudante de 18 anos, que destaca os trabalhos feitos com crianças, que são mais receptivas e exigem mais atividades.
Apesar da presença constante em ações solidárias, Mariana Galvani de Souza, de 16 anos, acredita que a participação dos pais e da família é de extrema importância. “Desde criança sei da importância de ajudar ao próximo. É muito gratificante”, assume a estudante que acha que falta a juventude uma atitude solidária.
Texto: Mariana Secaf
Fotos: Carolina Alves e Ariane Lima