Um amor incondicional
Manuela Titoto, Patrícia Prado e Cristiane Tazinaffo revelam as surpresas, os encantos e os desafios de se tornarem mães pela primeira vez
A maternidade é um dos momentos mais especiais da vida da mulher. Dizem que só quem passa por essa experiência pode entender e, talvez, tentar explicar com palavras esse sentimento tão profundo. É um amor incondicional que se nota em todos os detalhes: nos olhos que brilham e no sorriso que se abre a cada gesto do bebê, nas palavras cheias de orgulho ao relatar os progressos do pequeno, no toque carinhoso e no cuidado sempre presentes. Para falar com propriedade sobre essa dedicação irrestrita e sobre o forte laço formado nessa relação, a Revide convidou Manuela Titoto, Patrícia Prado e Cristiane Tazinaffo. Durante a entrevista, elas apontam as surpresas, os encantos e os aprendizados dessa fase e revelam a ansiedade pela celebração do Dia das Mães, no próximo dia 8, em que serão as protagonistas da homenagem pela primeira vez.
Presente de Deus
Manuela Del Lama Titoto confessa que a notícia de que se tornaria mãe foi inesperada. “Mas foi aquela surpresa boa! Senti um friozinho na barriga, daqueles que você tem quando sabe que algo vai mudar completamente a sua vida. Não me imaginava como mãe. Nunca tinha segurado um bebê no colo”, lembra. A gestação foi bem tranquila e livre dos temidos enjoos, típicos do início da gravidez. “Não tive nenhum problema com isso. Pelo contrário, tinha um apetite inacreditável. Cada refeição que eu fazia era a mais saborosa do mundo”, diverte-se.
Segundo Manuela, ela contava os dias para a chegada da filha e ficava imaginando como seria o rostinho, o jeito e a personalidade da pequena. Quando finalmente chegou a hora, a mamãe foi prontamente recompensada pela espera. “Olhar para a Isabella pela primeira vez foi uma sensação indescritível. Mal pude acreditar no que estava diante de mim. Esse momento vai ficar guardado para sempre no coração”, resume. Emocionada, a mamãe define sua filha como um verdadeiro presente de Deus.
Como toda mãe de primeira viagem, Manuela teve que aprender tudo na prática. Para ela, o mais difícil nesse processo é assimilar o bombardeio de informações que a nova mamãe recebe. “A minha mãe diz para ser de tal jeito, o pediatra de outro, a babá de um terceiro e o marido discorda de todos. Aprendi que se deve seguir o instinto materno porque senão a gente fica doida. No meu caso, tive uma pessoa muito próxima que teve bebê na mesma época. Isso me ajudou muito. Nossas dúvidas eram as mesmas e fomos descobrindo as coisas juntas”, revela.
Hoje, Isabella já está com seis meses. A relação entre mãe e filha vai se construindo aos poucos. “Quando ela riu pela primeira vez chorei de emoção. O jeito que as crianças enxergam o mundo nos faz repensar a nossa maneira de vê-lo também. Agora que sou mãe, sinto que me conheço muito mais. A Isabella está me ensinando mais do que eu para ela”, avalia. Entre as muitas coisas que a pequena já ensinou para Manuela está a essência e a importância da maternidade. “Ser mãe é ser agradecida todos os dias, orar com amor para o anjinho da guarda cuidar de minha filha, olhar para ela e não cansar nunca de fazê-lo e achá-la a coisa mais linda desse mundo. Ser mãe é colocar o bem-estar dela antes do meu, transmitindo o que se tem de melhor. Ser mãe é se entregar, descobrir, conhecer. É se eternizar”, define Manuela.
Sensação de plenitude
Há cinco meses, nascia Luiza. Desde a gravidez, a pequena já enchia de alegria a vida de Patrícia Innecchi S. Prado. “Ficava me perguntando: ‘Será que é mesmo verdade? Isso está acontecendo?’ Desejava muito mesmo ter uma filha. Entretanto, por mais que eu tentasse imaginar, a verdade é que eu não sonhava o quanto ser mãe me tornaria mais feliz. A Luiza trouxe para mim uma sensação de plenitude. Ela fez de mim uma pessoa melhor e realmente completa”, afirma Patrícia.
Os primeiros meses foram intensos, com uma série de transformações acontecendo minuto a minuto. A criança passa a ser o centro das atenções e suas necessidades exigem da mãe uma dedicação completa. “É uma pessoinha que depende de mim para tudo. Não vou negar que é trabalhoso e que vira a rotina de ponta cabeça, mas é uma sensação tão boa que o esforço vale a pena. Um amor que cresce de maneira contínua”, opina. Assim como Manuela, Patrícia também destaca que esse relacionamento peculiar que existe somente entre mãe e filho é muito mais do que apenas uma doação. Com seu jeito de explorar o mundo ao seu redor, o bebê ensina mais do que se possa imaginar para os pais e essa troca só proporciona momentos de extrema felicidade.
Acompanhar o desenvolvimento da Luiza é uma das tarefas mais gratificantes e recompensadoras para Patrícia. Um novo gesto, um sorriso e um som diferente despertam o sentimento de conquista. “Estou amando esse processo e vivenciando de coração aberto todos os segundos dessa que, para mim, é a maior experiência de vida que alguém pode ter”, indica. A mamãe adianta que a maternidade foi tão boa que já anda pensando em aumentar a família. Ela revela que imagina como seria ter mais um pequeno ou uma pequena na casa. “Quando temos alguma coisa muito boa, queremos ter mais, repetir a dose. A Luiza é um novo início. A Patrícia de hoje nasceu junto com ela. Por isso, celebrar esse primeiro Dia das Mães como tal, com a pequena grande presença da minha filha, é uma grande honra. Ela me ajuda a entender porque estou aqui, dá sentido à minha vida e me inspira a construir a nossa linda história juntas”, conclui.
Sonho antigo
O mesmo amor e o mesmo carinho mencionados nos depoimentos acima também marcaram a chegada de Antônio. A maternidade era um sonho antigo na vida de Cristiane Ribeiro Atanes Tazinaffo. Para concretizá-lo, recorreu à ciência e realizou o
procedimento de fertilização in vitro. “Nem preciso mencionar o quanto o Antônio foi desejado e esperado. Fui fazer o teste de gravidez oito dias antes do pedido do médico, tamanha era a minha ansiedade. Eu já sabia, bem lá no fundinho do meu coração, que tinha dado tudo certo. Ter o meu bebê, perfeito e saudável, é uma vitória.
Ele despertou em mim o amor mais puro e sublime que pode existir. Tudo é para ele e com ele”, descreve. A mamãe declara que sua maneira de enxergar o mundo ao seu redor mudou completamente. Com o pequeno em seus braços, há mais energia, ânimo e disposição para realizar todas as tarefas. Além disso, a sensação de realização se tornou constante.
Cristiane destaca que a afinidade entre mãe e filho vai se fortalecendo com o passar do tempo, assim como a interação. “Os primeiros dias são difíceis, pois há um grande número de visitas. Depois, quando você fica sozinha com o seu bebê, é que vocês começam a se conhecer. O Antônio é um ser humano que tem suas particularidades, sua personalidade e seu jeito. Tenho que respeitá-lo. Assim, aprendemos a conviver com nossas semelhanças e diferenças”, esclarece.
A mãe de Antônio também aborda outro aspecto importante da maternidade: a hora de voltar para o trabalho. “É muito difícil me separar dele. Enquanto ele estava adorando o berçário, por ter um monte de novidades e crianças para brincar, eu chorava desesperadamente. Porém, fizemos isso de maneira gradual. Durante uma semana eu fiquei com ele na escolinha para o período de adaptação. Depois, ligava toda hora, só para conferir como ele estava. Agora, fico super tranquila. Sei que ele está sendo bem cuidado, enquanto aprende e interage com os amiguinhos. Vejo que ele está feliz e isso é o mais importante para mim. Passar esse primeiro Dia das Mães com ele é algo surreal. Sinto-me grata pelo Antônio ter me escolhido para ser a mãe dele. Neste dia, não há homenagem maior que tê-lo comigo”, conclui.
Texto: Paula Zuliani
Fotos: Carolina Alves e Júlio Sian