Viagem escolar

Viagem escolar

Excursões promovidas pelas instituições de ensino aproximam alunos e professores, além de estimular uma absorção ainda maior do conhecimento

Texto: Mariana Secaf
Fotos: Beto Baptista e Júlio Sian

Para muitos, pode ser a primeira experiência de sair da cidade desacomanhado dos pais. Para outros, pode representar mais responsabilidade e independência. Favorecendo o crescimento pessoal, as viagens escolares podem se tornar verdadeiras aulas fora do ambiente escolar.

Viagens na companhia de colegas e professores permitem uma aprendizagem mais divertida. Muitas excursões são agendadas de acordo com o conteúdo programático de cada disciplina. Dessa forma, um aluno pode, por exemplo, conhecer sob um ângulo diferente a História do Brasil, percorrendo cidades que marcaram um momento do desenvolvimento do país. “Tentamos sair do lúdico e colocar o aluno em contato com a realidade. Essa é uma forma de fazer o estudante entender melhor o que o professor explica em sala de aula e se interessar mais pelo assunto”, explica Luiz Henrique Parigi, responsável pelo departamento de eventos do Liceu Albet Sabin.

A aluna Beatriz de Sousa, de 14 anos, conheceu, junto com sua turma do Colégio Marista, o Museu de Língua Portuguesa. Segundo a adolescente, na oportunidade, ela conheceu a vida e a obra de vários escritores, além de ter interagido com o idioma oficial do país. “As poesias que circundavam o teto e a sala de jogos eletrônicos interativos é muito interessante. No Museu, tivemos uma aula divertida e diferente”, declara a visitante, que está aguardando ansiosa pelas próximas programações fora do colégio. Para ela, as excursões não são apenas divertimento, mas também uma maneira de adquirir mais conhecimento.

Adepto das excursões, Hugo Cantalogo Couto, de 15 anos, está sempre atento às programações do colégio. “A experiência foi muito válida. Já tinha ido para São Paulo com a família, mas visitar a Pinacoteca com a turma da escola foi minha primeira viagem à capital sem meus pais”, lembra o aluno, que também já foi ao teatro com os colegas de sala e participou de viagens curtas para se divertir, como por exemplo, ao Hopi Hari.

O estudante Marcos Scantamburlo Barbosa, de 17 anos, assume que depois que conheceu o Museu Casa de Portinari, em Brodowski, em uma viagem organizada pela sua escola, passou a se interessar por arte. “Eu tinha 11 anos, na época, e a oportunidade despertou meu interesse por entender um pouco mais sobre as artes”, lembra o jovem, que já voltou ao local sozinho e até hoje pesquisa e estuda sobre o assunto. Para ele, esses passeios permitem uma aula ao vivo, o que torna várias disciplinas bem mais interessantes.

Outra opção bastante procurada pelos estudantes são as visitas às universidades. Luiz Henrique Parigi explica que esta é uma forma dos pré-vestibulandos conhecerem mais sobre os cursos superiores que pretender fazer. Os estudantes Augusto Delarco, de 15 anos, e Amanda Spanghero, de 16 anos, acharam a iniciativa de extrema importância e já participaram diversas vezes. “A viagem para a USP, em Bauru, foi muito proveitosa para mim. Pude conhecer a universidade, saber como é a área que pretendo seguir, ter contato com alguns professores universitários. Para acabar com dúvidas, costumo sempre acompanhar essas excursões, que representam uma chance para escolher a área que se quer seguir ou ter uma noção das possibilidades, caso ainda não haja nenhuma decisão tomada”, declara o jovem.

O contato com novos colegas de sala também é outro benefício proporcionado por esses encontros. Nathalia Batistim Garcia, de 16 anos, tenta incentivar os amigos a participarem das viagens. Mesmo quando seus amigos mais próximos não se animam, não se amedronta, pois vê esses encontros como uma oportunidade para conhecer novos colegas.

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