Ribeirão Preto tem um assassinato a cada cinco dias
Entre os objetos utilizados na ação dos criminosos, as armas brancas e de fogo foram as mais escolhidas
A Polícia Civil de Ribeirão Preto registrou 18 homicídios na cidade durante os três primeiros meses de 2016. Estas mortes representam um crime para cada cinco dias. As armas de fogo e armas brancas foram os meios mais utilizados pelos assassinos.
De janeiro a março deste ano, Ribeirão Preto registrou 18 homicídios, enquanto Serrana, Altinópolis e Luiz Antônio registraram um. Desses 21 assassinatos, nove foram cometidos com arma de fogo, outros nove com facas e os demais com pedradas, agressão e um estupro que resultou em morte. Entre as motivações, cinco morreram por conta de dívidas com drogas, outros cinco por motivos (discussões ou brigas familiares) - sobre os 11 casos restantes não constam dados específicos.
O Diretor da Polícia Civil em Ribeirão Preto João Osinski diz que se não existissem armas de fogo, os homicídios poderiam ser evitados, mas se a intenção realmente era matar qualquer material poderia ser utilizado. “O homicídio é um crime de difícil prevenção que ocorre por diferenças culturais, educacionais, familiares etc.”
Para Osinski, muito se fala a respeito de segurança pública e da região de Ribeirão ser perigosa, no entanto, a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada demonstra que estas acusações são falsas. “Nosso departamento, tirando a capital, é o primeiro em produção estatística e em índices criminais, o que destaca o Deinter 3 como o melhor departamento de polícia do interior do Estado, então isso nos deixa muito orgulhosos. Temos de levar em conta a proporção da população ao analisarmos estes dados”, diz.
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“Segundo os dados, o Estado de São Paulo tem baixado os crimes. Hoje as taxas são 10 mortes para mil habitantes. Estes são números de primeiro mundo. Reduzimos índices que são a soma de uma série de fatores positivos que envolvem o trabalho da polícia e todas as instituições envolvidas no assunto. O que nos deixa indignado é que sempre procura-se desvalorizar o que se faz. Vemos pessoas falando que a taxa de homicídios caiu por que os bandidos fizeram acordo, mas eu me pergunto com quem? A sociedade tem que compreender que a policia está para proteger e auxiliar e deve ser valorizada em sua atividade. Não pode simplesmente atirar a pedra. Nós precisamos das instituições. A sociedade tem que valorizar estas instituições”, diz.
Fotos: Divulgação e Pedro Gomes
