Acesso a testagem e medicamentos contribui para reduzir mortes por Aids em SP
O teste rápido é realizado a partir da coleta de uma gota de sangue

Acesso a testagem e medicamentos contribui para reduzir mortes por Aids em SP

Diagnóstico ampliado permite oferecer melhor atendimento médico aos portadores do HIV

A Fundação Seade divulgou recente pesquisa que aponta redução na mortalidade por Aids no Estado de São Paulo. Desde 1995, quando a doença atingiu o maior patamar por mortes, o órgão vem acompanhando a queda na evolução da Aids. 

 

O infectologista Ricardo Vasconcelos, professor e pesquisador do Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, diz que, a partir de 2013, os números de Aids vêm caindo, principalmente em função do acesso à testagem e a medicamentos, medidas adotadas pelo Ministério da Saúde e pontualmente pelo Estado de São Paulo. A partir do momento em que o diagnóstico é ampliado, é possível oferecer o atendimento médico a pessoas portadoras do HIV, impedindo o desenvolvimento mais grave da doença. 

 

Os dois fatores ajudaram a melhorar o diagnóstico e a cobertura do tratamento e, com isso, o resultado pode ser percebido após uma década, que foi a redução no número de casos no Estado. Desde 1997, São Paulo vem mantendo um serviço eficiente nesse sentido. Outro dado importante é com relação à transmissão, uma vez que desde 2005 as pessoas que fazem tratamento como prevenção já não transmitem mais a doença a indivíduos próximos, mesmo que mantenham relação sexual. 

 

Discriminação

 

Por mais estranho que isso possa parecer, ainda existe discriminação com pessoas portadoras do vírus HIV. O abandono do tratamento ainda tem a ver com o preconceito que sempre existiu. O desenvolvimento de terapias e o acesso crescente aos meios de prevenção, diagnóstico e tratamento tornaram a infecção uma condição crônica de saúde. 

 

Os medicamentos hoje disponíveis aumentam a qualidade de vida das pessoas portadoras do vírus, com menos efeitos colaterais. Pesquisas realizadas em várias partes do mundo já comprovam que a pessoa portadora do vírus HIV pode ter uma vida saudável e longa, porquanto ainda não existe uma cura definitiva para a doença. 

 

Com informações do Jornal da USP


Arquivo/Agência Brasil

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