Aedes Aegypti coloridos são distribuídos em Piracicaba

Aedes Aegypti coloridos são distribuídos em Piracicaba

Os mosquitos são da espécie do "Aedes do Bem" e têm como objetivo reduzir as larvas do vetor que transmite a dengue, o zika e a chikungunya

Em Piracicaba (SP), que fica a 206 km de Ribeirão Preto, a prefeitura, juntamente com uma empresa responsável pela produção de mosquitos geneticamente modificados, implantou um novo método para diminuir a proliferação do Aedes aegypti. São os mosquitos coloridos, que têm a função de controlar o número de larvas do transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya.

Conhecidos por ‘Aedes do Bem’, os novos mosquitos coloridos de laranja, rosa, azul e amarelo são machos, aqueles que não produzem ovos e não transmitem doenças para as pessoas. Diferente da fêmea Aedes, que precisa de sangue para a produção de ovos e transmite enfermidades.

Produzidos pela empresa Oxitec, estes ‘mosquitos do bem’ são geneticamente modificados e foram distribuídos no bairro CECAP/Eldorado, de Piracicaba, para diminuir as larvas dos transmissores de doenças. Segundo a Prefeitura, foram liberados 800 mil mosquitos por semana.



De acordo com a supervisora de produção e ensaios de campo da Oxitec, Karla Tepedino, os resultados preliminares mostraram uma redução de 82% em larvas selvagens nas áreas tratadas com o ‘Aedes aegypti do Bem’, em comparação com a área não tratada. “Ele é idêntico, inclusive visualmente, ao mosquito normal. A única diferença é que o ‘Aedes do Bem’ é geneticamente modificado, e tem um gene autolimitante que faz com que os seus descendentes morram”, explica.

A supervisora de produção diz ainda que a fêmea não consegue diferenciar do mosquito macho selvagem, e ela só copula uma vez na vida, o que gera um grande impacto na população de mosquitos da próxima geração. “O ‘Aedes aegypti do Bem’ tem ainda outro gene que serve como marcador fluorescente e permite que seus descendentes sejam identificados no laboratório”, afirma.

Novos testes

O trabalho que teve início em abril do ano passado, no bairro CECAP/Eldorado, irá expandir para outras áreas da cidade. Para isso, a Oxitec, irá instalar em Piracicaba uma nova fábrica para atender a demanda pelos próximos anos.

Segundo o diretor da Oxitec do Brasil, Glen Slade, com o resultado obtido pelo projeto ‘Aedes aegypti do Bem’ foi preciso implantar uma unidade de produção de grande capacidade em Piracicaba. “A produção da fábrica poderá ainda ser usada para tratar outras cidades do Estado de São Paulo e do Brasil, que queiram utilizar os ‘mosquitos do bem’ para combater o transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya”, relata.
 

Foto: Divulgação 

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