Beneficência Portuguesa adia paralisação de atendimento
Em ofício, o hospital informou que ao todo, são realizados mensalmente 4 mil  atendimentos na área ambulatorial.

Beneficência Portuguesa adia paralisação de atendimento

Suspensão de procedimentos pelo SUS seria a partir desta sexta-feira, 1; Prefeitura fez pagamento de 25% da dívida de mais de R$ 2 milhões

O Hospital Beneficência Portuguesa adiou a paralisação dos atendimentos ambulatoriais e de cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que aconteceria a partir desta sexta-feira, 1º de julho. A possível paralisação dos serviços foi adiada para daqui a dois meses.

Em nota, a entidade informou que após uma reunião realizada nesta quarta-feira, 29, com o secretário Municipal de Saúde, Stênio Miranda, e com os demais membros da pasta, foi solicitado este prazo para solucionar os atrasos de repasses por parte da Prefeitura Municipal.

Na sexta-feira, 24, como noticiado pelo Portal Revide, o hospital informou que a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto não fazia o pagamento dos recursos ao hospital desde janeiro deste ano, o que correspondia a uma dívida de R$ 2.397.746,23.

Porém, segundo a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da Prefeitura, de janeiro a maio deste ano, foram pagos à entidade, R$ 10.367.124,68, de um total de R$ 12.119.560,02, restando uma dívida de R$ 1.752.435,34, menos de 15% do valor a ser recebido.

“Trata-se de condições extremamente vantajosas para os prestadores hospitalares, que recebem 80% do valor da produção em menos de 30 dias após encerrado o mês. Compare-se com as condições gerais do mercado, em que pagamentos de prestadores e fornecedores são realizados com prazos de 60 a 90 dias”, diz nota da Pasta.

A CCS afirma ainda que os resíduos serão pagos conforme a cronologia de pagamento da Secretaria Municipal da Fazenda, após o encerramento do mês correspondente.

O Hospital Beneficência Portuguesa, informou em nota que na terça-feira, 28, foi feito o pagamento de 25% da dívida que a Prefeitura Municipal mantinha com a entidade.

No mês de junho, até o momento, foram pagos R$ 2.164.397,07 para o hospital, segundo a CCS. “Esses valores serão ainda complementados, até o final do mês, com o correspondente a 30% do valor da produção”, destaca o órgão municipal.

Paralisação descartada

Prevista para acontecer nesta sexta-feira, 1, a paralisação comprometeria o atendimento prestado pelo SUS, incluindo exames de raios-X, endoscopia e hemodinâmica, assim como do laboratório da instituição.

Em ofício, o hospital informou que são realizados mensalmente 4 mil  atendimentos na área ambulatorial, mais de  40 mil exames de SADT(Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia), 723 internações e 436 cirurgias. A paralisação afetaria também o trabalho de 600 colaboradores diretos e 100 médicos.

“Nesta semana foi feito um novo contrato com a Santa Casa Sustentável (programa Governo do Estado de São Paulo), com um acréscimo de 45,77% que, com certeza, ajudará nossa instituição”, registra a nota do hospital.


Foto: Arquivo Revide

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