Cada agente de combate à dengue fiscaliza 2 mil casas

Cada agente de combate à dengue fiscaliza 2 mil casas

Dados de Ribeirão Preto mostram que são 90 profissionais específicos para a demanda de todo o município

Cada agente de controle da dengue em Ribeirão Preto fiscaliza mais de 2 mil casas do município. Com o total de 195.276 domicílios, segundo o Censo do IBGE, o município tem 90 agentes de combate à dengue, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o que significa que cada profissional precisa atender 2.169 unidades habitacionais.

Para efeito de comparação, a cidade de Franca tem 97.721 domicílios e, segundo o diretor da Vigilância em Saúde, da Prefeitura de Franca, José Conrado Netto, atualmente existem 45 agentes comunitários de saúde que fazem os serviços de campo nas regiões do município, ou seja, cada trabalhador da área precisa fiscalizar 2.171 casas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Sertãozinho, a cidade tem 57 agentes de combate à dengue, sendo que o município possui 33.063 domicílios. O que aponta que cada agente supervisiona 580 residências.

Já em Campinas, a Prefeitura disse que há 755 agentes comunitários que fazem o trabalho de visita. E segundo o Censo do IBGE, a cidade tem 348.186 domicílios permanentes, o que significa um funcionário de combate à dengue para 461 casas.

Realização do trabalho

Segundo a chefe da divisão de vigilância em Saúde de Ribeirão Preto, Maria Lucia Biagini, o combate ao mosquito Aedes aegypti não se restringe apenas no trabalho de campo, pois a Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde do município apresenta 178 agentes de combate as endemias, sendo que 135 trabalham como coordenadores e supervisores de campo e motoristas. “O restante dos servidores desenvolvem funções afins, como laboratório de entomologia, laboratório de quirópteros, setor de informação, educação e comunicação,” explica.

Ela ressalta que o Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento está fiscalizando as residências e pontos estratégicos para combater a dengue, com oficinas de estudos semanais, ações articuladas, treinamentos, exposições, palestras educativas em unidades de ensino e saúde e mutirões de retirada de criadouros.

Entre os resultados das ações, as vistorias em pontos estratégicos estão sendo feitas quinzenalmente, em pontos estratégicos que facilitam a quantidade de criadouros, como depósitos de pneus usados, ferro velhos, oficinas de desmanche de veículos, cemitérios, entre outros.

Nos imóveis especiais, a fiscalização acontece bimestralmente, em locais que têm grande quantidade de pessoas, ou seja, edificações não residenciais de grande porte, como hospitais, rodoviárias, shopping, indústrias, entre outros.

Ainda de acordo com a Maria Lucia, as ações a serem desenvolvidas nesta atividade consistem em vistoriar o imóvel, orientar o responsável e realizar medidas simples de controle mecânico, além de registrar e entregar ao responsável outras irregularidades a serem corrigidas. “É realizado também o tratamento focal com o larvicida. Em medida emergencial há possibilidade de ser utilizada a nebulização, que consiste na aplicação de inseticida de casa em casa com nebulizador portátil,” destaca.

Os arrastões também são uma forma de retirar os criadouros, com a visita da vistoria da saúde no imóvel durante um curto espaço de tempo. E, para casos específicos, os agentes precisam substituir os pratos de vasos por outros objetos, tela para ralos, vedação de caixas d’água, entre outros.

“É necessário controlar a proliferação do Aedes aegypti pelo risco que representa para a saúde humana, pois a erradicação dessa espécie não é possível e nem viável, mas precisamos que nossa sociedade tome ciência e consciência que é parte integrante e responsável no controle do mosquito transmissor da dengue,” conclui.

Ribeirão Preto

O número de casos confirmados de dengue em Ribeirão Preto neste ano já se aproxima de 4 mil, segundo dados do Boletim Epidemiológico Mensal da Dengue, Febre do Chikungunya e Zika, realizado pela prefeitura e divulgado a cada 30 dias.

O trabalho dos agentes de combate a endemias (ACE) é fundamental para os municípios, uma vez que os trabalhadores atuam nos bairros, cidades ou região rural para facilitar o acesso da população à saúde, orientando sobre sintomas, riscos e medidas de prevenção contra doenças, como a própria dengue, o zika vírus ou chikungunya.

Segundo a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da Prefeitura de Ribeirão Preto, o Controle de Vetores tem ações constantes de prevenção às doenças, com a realização de bloqueio de casos suspeitos e confirmados. Além da realização de atividades de controle de criadouros e nebulização quando indicada, os profissionais também fazem arrastões e controle de criadouros específicos, com visitas quinzenais em pontos estratégicos, em conjunto com a Vigilância Sanitária e visitas bimestrais em imóveis especiais.  

 

 

Foto: Divulgação

 

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