Câncer de bexiga pode atingir 10.640 novos casos até 2022
Câncer de bexiga pode atingir 10.640 novos casos até 2022

Câncer de bexiga pode atingir 10.640 novos casos até 2022

O câncer é mais comum em homens, e pode se desenvolver sem apresentar sintomas

O câncer de bexiga é um dos mais comuns do trato urinário, e deve atingir 10.640 novos casos até 2022, sendo cerca de 7.500 em homens e de 3 mil em mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).  

Grande parte dos casos de câncer de bexiga acontece entre os homens de pele branca após 40 anos, mas não é restrito apenas para essa faixa etária podendo ocorrer em outras idades. “Fatores como genética, exposição à radioterapia, tabagismo, medicamentos e o trabalho com substâncias como borracha, couro, tintas, agrotóxico, entre outras, também podem predispor ao aparecimento deste tipo da doença”, explica Carlos Fruet, oncologista do Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP).   

A maioria dos casos só são descobertos quando a doença já está em um estágio avançado por ser um tipo silencioso de câncer, podendo se desenvolver sem apresentar sintomas. E da mesma forma que outros tipos de câncer, exige uma atenção ainda maior ao aparecimento de sintomas, pois pode significar um estágio avançado. Se descoberto precocemente tem boas chances de cura e essa probabilidade depende do tipo de câncer, da idade e saúde geral do paciente.

Este tipo de câncer pode ser dividido de acordo com as células de origem e que sofreram alterações: células de transição no tecido interno da bexiga, que compreende mais de 90% dos casos; células escamosas que podem surgir após infecções e irritações prolongadas; e das células de secreção que se formam também após um longo tempo de inflamação e irritação. 

Quando limitado ao tecido interno da bexiga, o câncer é chamado de superficial. E se torna invasivo quando se espalha para a parede muscular podendo chegar até os órgãos próximos, gânglios linfáticos até a outros órgãos. 
 
Um dos principais fatores que podem influenciar no aparecimento do câncer de bexiga é o tabagismo, que ainda de acordo com os dados do INCA, podem aumentar em até três vezes o risco de contrair a doença, e está associado entre 50% e 70% dos casos registrados.  

As substâncias químicas que compõem o cigarro entram na corrente sanguínea e são filtradas pelos rins. Esses componentes podem ficar na bexiga e danificar as células da região. Além do tabagismo ativo, o passivo, que faz a inalação da fumaça indiretamente pela convivência com fumantes,  também pode apresentar riscos. 

O oncologista alerta que para evitar as consequências não basta parar de fumar."É preciso adotar práticas saudáveis como dieta balanceada, praticar exercícios físicos regularmente e usar equipamentos de proteção ao se expor de forma prolongada aos materias que podem ser considerados de risco”.  
 
Os sintomas do câncer de bexiga são parecidos com uma infecção urinária. O paciente pode sentir dor e queimação durante a micção, a necessidade de urinar frequentemente ou a falta, além da presença de sangue na urina. "O ideal é buscar ajuda médica assim que perceber algum sintoma fora do comum para que seja investigado e o diagnóstico seja feito precocemente. Em estado avançado o câncer de bexiga pode-se apresentar com dor lombar, perda de apetite e peso, fraqueza, inchaço nos pés e dores ósseas” finaliza Fruet. 
 
As sequelas do tratamento irão variar de acordo com o tipo realizado. Para doenças iniciais, normalmente não há necessidade de retirar a bexiga, portanto quase não há sequelas maiores. Nos casos de doenças mais avançadas, o principal tratamento é a retirada do órgão que pode prejudicar bastante a qualidade de vida dos pacientes, embora hoje com a melhoria das técnicas, as sequelas sejam menores. 


Imagem: Pixabay

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