Carteira de Identificação já pode ser solicitada para autistas em Ribeirão Preto
A iniciativa é um mecanismo para promover um melhor acesso aos direitos do autista

Carteira de Identificação já pode ser solicitada para autistas em Ribeirão Preto

O documento visa facilitar e priorizar o atendimento da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, em serviços públicos e privados

A Prefeitura de Ribeirão Preto, por meio do Centro de Referência Especializado à Pessoa com Deficiência (CREPD) e da Secretaria de Assistência Social, disponibilizou no site oficial do município a solicitação para a emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA).

A carteira CIPTEA é um documento que facilita a identificação e prioriza o atendimento em serviços públicos, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social, e em privados, como no caso de supermercados, bancos, farmácias, bares, restaurantes e lojas em geral.

Em nota, a secretária municipal de Assistência Social, Renata Corrêa, explica que a iniciativa é um mecanismo para promover um melhor acesso aos direitos do autista. "Nossa missão é viabilizar o cumprimento da Lei para que o maior número de autistas da nossa cidade tenham acesso a sua CIPTEA. É, sem dúvida, mais um mecanismo na garantia de direitos para as pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)", conclui.

Para solicitar a carteirinha, são necessários alguns documentos, segundo a coordenadora do CREPD. “É necessário o relatório médico, constando CID da deficiência, RG do beneficiário, RG do responsável, comprovante de residência e uma foto 2x2 cm. O prazo para entrega é de até 15 dias”, explica Laura Cardoso.

O autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.

No Brasil, estima-se que existam dois milhões de diagnosticados com autismo. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.


Foto: Pixabay

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