Casos de dengue lotam hospitais particulares de Ribeirão

Casos de dengue lotam hospitais particulares de Ribeirão

Milhares de atendimentos na rede privada movimentam as salas de espera do município

Os mais de mil casos confirmados de dengue em Ribeirão Preto afetaram também os atendimentos nos hospitais particulares da cidade. O município sofre com a epidemia da doença, com 1.557 casos de dengue, segundo Boletim Epidemiológico Mensal.

O dado, relativo apenas ao primeiro mês do ano, já representa 30% do total de notificações de 2015, quando a cidade registrou 5.012 casos da doença.

No primeiro mês de 2016, 1.565 pacientes passaram por atendimentos no Hospital São Lucas, sendo que 11 precisaram de internações. Já em fevereiro, o pronto atendimento do São Lucas recebeu 893 pacientes, porém muitos precisaram voltar no hospital por conta de retornos, o que totalizou 1.170 atendimentos. Destes pacientes, seis estão internados.

A situação semelhante ocorre no Hospital Ribeirânia, que também sofreu com um aumento nos procedimentos para quem procura tratamento para o vírus transmitido pelo Aedes aegypti. Só em janeiro 18 pacientes ficaram internados por conta da dengue. Em fevereiro, foram 2.589 atendimentos realizados pelo hospital com 15 internações.

De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital São Lucas, desde 14 de janeiro, um novo procedimento tem sido aplicado na unidade de saúde. O atendimento de casos de dengue está sendo feito exclusivamente na Unidade CEMED, onde já foram atendidas mais de duas mil pessoas.

A Unimed, responsável por dois pronto-atendimentos 24 horas, em janeiro deste ano, dois em cada 10 pacientes atendidos foram diagnosticados com dengue.

Cerca de 130 pacientes com a doença passam por dia nas duas unidades de pronto atendimento da Unimed.

No Hospital São Francisco  o número de atendimentos teve um acréscimo de 30%, sendo que em meados de janeiro os casos suspeitos já são 70% superiores ao mesmo período relativo a janeiro de 2011, ano da maior epidemia na cidade e de recorde nos atendimentos no São Francisco.

Segundo a assessoria de imprensa do São Francisco, também foram reforçados procedimentos que incluem a triagem por uma equipe de enfermeiros de todos os pacientes suspeitos. Se algum sinal indicar a presença do vírus, o paciente recebe uma pulseira adicional de cor laranja, sendo, em seguida, encaminhado para a sala de coleta de exames de sangue. Neste momento, já recebe uma garrafa de água para iniciar a hidratação, que é o melhor tratamento conhecido para combater os efeitos da dengue.

Para a médica infectologista do Hospital São Francisco, Silvia Fonseca, o desafio é grande, mas o objetivo permanece de tratar a todos com respeito e profissionalismo.

“O maior problema em uma epidemia é que as outras doenças não tiram férias. Temos que continuar atendendo os pacientes com infarto, acidente vascular cerebral, além de outros com necessidades cirúrgicas. Os funcionários também estão expostos à dengue, portanto parte do quadro pode ter que se afastar por alguns dias. Por isso, precisamos de uma rígida metodologia para manter a qualidade e controle de atendimento”, afirma.

Morte

Dois óbitos foram confirmados de dengue, referentes a dezembro do ano passado. Outros dois estão sob investigação e analise.

Um dos casos que estão sob investigação é de um bebê que morreu no último dia 12, no, Sinhá Junqueira e de uma mulher de 32 anos, no último dia 14,no Hospital São Francisco. Ambos foram vitimas de dengue.


Foto: Arquivo Revide

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