Cientista da região é um dos 4 brasileiros mais influentes

Cientista da região é um dos 4 brasileiros mais influentes

O levantamento feito pela Thomson Reuters apontou, entre 3 mil cientistas, o médico Alvaro Avezum

Um profissional da região de Ribeirão Preto integra a lista dos quatro pesquisadores brasileiros mais influentes do mundo. A lista produzida pela agencia americana Thomson Reuters (The World´s Most Influential Scientific Minds - 2015) tem 3.126 nomes, baseada na publicação de trabalhos de alto impacto.

O levantamento feito pela Thomson Reuters selecionou o médico e diretor da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Alvaro Avezum, que participa de vários estudos clínicos e epidemiológicos internacionais ligados à cardiologia.

Alvaro é natural de São Joaquim da Barra (SP) e desde 1987 atua no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo.

De acordo com o médico, os estudos clínicos e epidemiológicos analisados por ele e sua equipe envolvem prevenção cardiovascular, como fatores de risco associados com infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, síndromes coronárias aguas, insuficiência cardíaca, obesidade, entre outras.

“Coordenei e coordeno no Brasil aproximadamente 60 estudos clínicos e epidemiológicos e os resultados destes projetos têm modificado a prática clínica em medicina cardiovascular melhorando a saúde cardiovascular da população”, diz.

A colaboração principal dos projetos é com a Universidade McMaster, Hamilton, no Canadá (Instituto de Pesquisa em Saúde Populacional – PHRI).

Levantamento

É a terceira vez que a Thomson Reuters publica o relatório, intitulado as ‘mentes’ científicas mais influentes do mundo.

A lista é baseada na quantidade de trabalhos altamente citados publicados por cada pesquisador entre 2003 e 2013, em 21 áreas do conhecimento, chegando a um total de 3.126 nomes. Segundo a empresa, estes são os pesquisadores com maior número de estudos de alto impacto publicado no período de 11 anos.

Além do diretor da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia , Alvaro Avezum, os três brasileiros são: Ado Jorio de Vasconcelos, físico de Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Adriano Nunes-Nesi, agrônomo da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e Paulo Artaxo, físico da Universidade de São Paulo (USP.

Segundo Avezum, a avaliação realizada pela agência Thomson-Reuters após cuidadosa e objetiva análise, circulou o resultados para as instituições acadêmicas, tornando estas informações de domínio público e, consequentemente, foi informado que estava na lista dos quatro brasileiros mais influentes do mundo.

Felizmente, nossa instituição (Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia) e nós, fomos novamente citados, demonstrando que continuamos produzindo pesquisa com impacto científico e clínico com consequências de melhoria da saúde cardiovascular da população”, destaca.

O médico acrescenta que o Brasil passa a integrar, pioneiramente, o programa da Federação Mundial de Cardiologia denominado 25X25. “Com este programa trabalharemos para a redução da mortalidade cardiovascular em 25% até o ano 2025, pois ainda temos o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral como causas principais de morte no país”, explica.

Ciência brasileira

Sendo limitada em alguns aspectos, a ciência brasileira precisa de melhorias. Avezum prefere ser otimista, porém sem deixar de considerar a realidade dos fatos. “Ciência em medicina é consequência da pesquisa. Necessitamos de confirmação científica para melhorarmos a saúde cardiovascular da população. Em comparação com países como EUA, Canadá, Inglaterra e França, a pesquisa brasileira tem menor impacto, em termos de qualidade científica”, comenta.

Ele completa que, nesta avaliação, a pesquisa brasileira ainda precisa de melhora qualitativa. “Nosso grupo trabalha de modo integrado em pesquisa mecanística, epidemiológica e clínica. Desta maneira, uma ideia é avaliada em suas várias etapas até a confirmação ou não dos benefícios. Em resumo, não vejo como limitação da pesquisa em nosso País, mas real necessidade de melhoria e internacionalização da mesma”, conclui.


Foto: Humberto Sales

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