Cirurgia para câncer de próstata reduz em 21% durante pandemia da Covid-19

Cirurgia para câncer de próstata reduz em 21% durante pandemia da Covid-19

Esse é o segundo tipo de câncer mais comum em homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comuns em homens brasileiros. Atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, ele representa 29% dos diagnósticos da doença no país, e é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% das vezes ocorre em idosos com idades a partir dos 65 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com a pandemia da Covid-19, houve uma redução de 21,5% no número de cirurgias para retirada da próstata – glândula localiza na parte baixa do abdômen. 

Ainda conforme as informações do Inca, até o mês de julho, foram registradas 1.812.982. Em 2019, foram 4.232.293 e em 2020, 2.816.326. A estimativa espera que 65.840 novos casos sejam registrados neste ano. Porém, muitos deles ainda não foram diagnosticados, já que as consultas com urologistas continuam baixas, também por causa da pandemia.

Diagnosticados nas fases iniciais, os pacientes com câncer de próstata tem 90% de chance de serem curados, por isso, Rodolfo Borges, coordenador do departamento de uro-oncologia da SBU, ressalta a necessidade de agendar a consulta com o especialista para verificar a saúde da glândula. 

"Após a avaliação urológica, os pacientes portadores de doença de baixa agressividade, avaliados através de critérios histopatológicos, clínicos e dosagem do PSA, podem optar por essa modalidade de tratamento. Entretanto necessitam ser monitorados para que em caso de progressão tumoral o tratamento adequado seja instituído" 

Quando o paciente apresenta os sintomas, significa que o câncer já está em uma fase avançada. Alguns desses sintomas são a dificuldade de urinar, necessidade de urinar com frequência, infecção generalizada ou insuficiência renal, dor óssea e presença de sangue na urina ou no sêmen. Os principais fatores de risco para desenvolvimento da doença são o histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio, homens da raça negra, obesidade, higiene íntima inadequada e infecção por HIV.

O tumor que não se espalhou para outros órgão pode ser tratado por meio de uma cirurgia, radioterapia e observação. Já para casos mais avançados, quando o tumor se espalha para outras partes do corpo,  esses tratamentos precisam ser acompanhados por terapia hormonal. Essa escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

A SBU também registrou, no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), que a mortalidade por câncer de próstata aumentou cerca de 10% nos últimos cinco anos, subindo de 14.542 (2015) para 16.033 (2019).

A entidade recomenda que homens com idades a partir de 50 anos, e mesmo sem apresentar sintomas, procurem um profissional especializado para avaliação de um diagnóstico precoce do câncer de próstata. Os homens que integrarem o grupo de risco devem realizar os exames a partir dos 45 anos. Após os 75 anos, a recomendação é que somente homens com perspectiva de vida maior do que dez anos façam essa avaliação.


Imagem: Canva

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