Como a Síndrome dos Ovários Policísticos afeta a vida de mulheres
Ao todo, 10% da população mundial feminina é acometida com a doença
A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma doença crônica de causa incerta que acomete mulheres em idade reprodutiva, podendo alterar nos ciclos de reprodução, nas funções endócrinas e metabólicas. Com sintomas e sinais diversos, a expressão clínica se torna muito variável. Portanto os sintomas podem variar de mulher para mulher, mas no geral há aumento de pêlos corporais, acne, dificuldade para engravidar, irregularidade menstrual, queda de cabelo, dificuldade para perder peso, maior chance de ter colesterol alto e pressão alta.
Segundo a ginecologista, obstetra e especialista em endocrinologia ginecológica Bárbara Giesinger, o principal tratamento para a síndrome é uma alimentação regrada, a prática de atividade física e manutenção de peso. A introdução de medicamentos varia de acordo com o quadro que cada mulher apresenta, já que algumas precisam de medicações hormonais e outras para resistência insulínica, por exemplo. "Não existe uma receita de bolo no que diz respeito ao tratamento de SOP, o único tratamento universal é ajustar os hábitos de vida. Já o tratamento medicamentoso é individualizado para cada caso.", complementou Bárbara.
Hoje, sabe-se que cerca de 10% das mulheres ao redor do mundo sofrem com esta doença e com seus sintomas, que acabam atrapalhando a rotina do dia a dia, uma vez que receber o diagnóstico pode demorar, pois são investigados os sintomas isolados primeiramente. Quando há um aumento de acnes a mulher primeiro procura a dermatologista, pois pensa que pode estar ligada ao uso de cosméticos não adequados para seu tipo de pele, por exemplo. Além disso, liga-se muito o diagnóstico à presença de cistos nos ovários, quando muitas mulheres não os apresentam e têm vários outros sintomas. "Outra coisa que eu acho importante ressaltar é que é muito comum dar o diagnóstico de SOP para adolescentes e esse diagnóstico estar errado. Quem teve esse diagnóstico na adolescência deve ter uma nova investigação na fase adulta.", destacou Bárbara.
Ainda segundo a médica o consumo de alimentos que ajudam na manutenção do peso são uma boa opção, ou seja, uma dieta rica em vegetais, frutas e carnes magras, evitando o exagero em doces e gorduras. E o mais importante: sempre buscar ajuda profissional para decidir o melhor tratamento.
