Conscientização e prevenção do câncer de mama
Prevenção segue sendo a maior aliada das mulheres
O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990, pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data, celebrada anualmente, tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, além de contribuir para a redução da mortalidade.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) participa do movimento desde 2010, e promove eventos técnicos, debates e apresentações sobre o assunto, assim como a produção de materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores de proteção e detecção precoce do câncer de mama.
Este tipo de câncer é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados no ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.
Em Ribeirão Preto, no ano de 2022, houve um aumento de 21% nos casos em relação a 2021, segundo dados do Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (Inorp). Ao todo, foram contabilizados 316 casos da doença e 106 óbitos no ano passado.
Esse tipo de câncer ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2019, de 14,23/100 mil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Portanto, no mês de outubro, o mundo se veste de rosa em apoio à campanha de conscientização, para informar e sensibilizar a população sobre a importância da prevenção e da detecção precoce desse câncer, que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Além disso, esta doença é uma das principais preocupações da saúde feminina, e diversos fatores podem contribuir para o aumento do risco de desenvolvê-lo. "Dentre os principais fatores para o aumento do risco de câncer de mamas estão: idade, histórico familiar, obesidade e consumo de álcool. Também é fundamental que as mulheres estejam atentas a qualquer diferença na mama como alterações no formato, mudanças na pele, como retração ou vermelhidão, saída de líquido pelos mamilos, alterações no mamilo como inversão ou retração, nódulos ou massas palpáveis devem ser sinais de alerta e indícios de busca médica", comenta a ginecologista Bárbara Giesinger.
O rastreamento do câncer de mama é crucial para a detecção precoce, e a mamografia é a principal ferramenta nesse processo. O exame, que é recomendado para mulheres a partir dos 40 anos, é também recomendado em caso de histórico familiar, podendo esse rastreamento ser necessário mais cedo. É essencial, também, que as mulheres sigam as diretrizes, pois o diagnóstico precoce garante a cura em até 95% dos casos.
Nos últimos anos, houve avanços significativos no tratamento do câncer de mama, o que tem contribuído para melhorar as taxas de cura e a qualidade de vida das pacientes. Os tratamentos estão mais direcionados e menos invasivos, minimizando os efeitos colaterais, proporcionando esperança para as mulheres com o diagnóstico.
O autoexame, embora útil para que mulheres conheçam seu próprio corpo, não é a mais recomendado como método de rastreamento de câncer de mama. A forma adequada é a realização de exames físicos por profissionais habilitados, justamente, através da mamografia.
Assim, o Outubro Rosa é uma oportunidade de lembrar a todas as mulheres da importância da conscientização, prevenção e detecção precoce do câncer de mama. O conhecimento e a ação são as melhores armas na luta contra essa doença, e a busca por cuidados médicos regulares pode salvar vidas.
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