Dengue leva Prefeitura a decretar estado de emergência
Medida se deve a aumento no número de atendimentos nas unidades de saúde; Quantidade de casos de dezembro será divulgada na próxima semana
A Prefeitura de Ribeirão Preto decretou situação de emergência em função do grande número de casos de dengue na cidade. O governo também vai solicitar ao Judiciário para que os agentes de controle de vetores entrem em residências sem moradores e que podem ter criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
As medidas – anunciadas em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 6 - estão sendo adotadas em função do aumento do número de atendimento de casos suspeitos de dengue nos cinco primeiros dias do ano. Segundo o secretário da Saúde, Stênio Miranda, o aumento no atendimento foi de 16,7% desde o início de janeiro. A média diária de atendimento de casos suspeitos tem sido de 120.
A prefeita Dárcy Vera (PSD) anunciou ainda que irá treinar três funcionários de cada unidade da rede municipal de ensino para que eles atuem como agentes de controle de vetores, no combate aos criadouros, já que faltam agentes para o combate efetivo.
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Ela também afirmou que convidará os prefeitos de cidades da região para um esforço regional de combate à doença.
Stênio Miranda ainda não tem os números de casos de dezembro, mas disse acreditar que eles estejam entre 400 e 600 casos. Em novembro foram confirmados 181 casos. De janeiro a novembro do ano passado o número de infectados chegou a 3.929. Com os números de dezembro o ano deve encerrar com mais de 4,5 mil casos.
Caso se chegue a este número, será o quarto maior desde 2010, quando a cidade registrou 29.637 casos da doença. No ano seguinte, 2011, foram 23.384 registros e 13.179 em 2013. Em 2012 foram 317 e em 2014, 317.
Zika vírus
Além dos problemas com a dengue, a cidade confirmou na no último dia 24 de dezembro, dois casos de zika vírus. Um estudo retroativo, realizado pelo Instituto Adolpho Lutz, identificou que o município de Ribeirão Preto identificou os casos: um no mês de maio e outro no mês de junho. Os dois pacientes, no entanto, não precisaram ser internados e já estão recuperados.
A Secretaria investiga ainda oito casos suspeitos de zika vírus no mês de novembro, mas nenhum foi confirmado até o momento. Com relação à microcefalia, doença que afeta recém-nascidos, foram confirmados cinco casos este ano, sendo um em agosto, um em outubro, dois em novembro e um em dezembro.
Foto: Ibraim Leão
