Dia Mundial do Doador de Sangue quer ampliar número de doadores e estoque
Em 2022, 3,1 milhão de coletas de sangue foram contabilizadas no Brasil

Dia Mundial do Doador de Sangue quer ampliar número de doadores e estoque

Cada bolsa de sangue doado pode salvar até quatro vidas

Dados do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, 14 em cada grupo de mil brasileiros são doadores de sangue no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso significa que 1,4% da população doa sangue regularmente, o que coloca o país dentro dos parâmetros definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que o índice se mantenha entre 1% e 3%. Em 2022, 3,1 milhão de coletas de sangue foram contabilizadas no Brasil.

 

No Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado nesta quarta-feira,14, o ministério reforçou a importância de ampliar o número de doadores para manter os estoques do país regulares, sem risco de desabastecimento. A coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados, Joice Aragão, reforçou que cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas. Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos; pesar, no mínimo, 50 quilos; não ter ingerido álcool nas últimas 12 horas; e estar em boas condições de saúde.

 

Com a coleta de uma bolsa de aproximadamente 450 ml, o sangue passa por um processo de separação de hemocomponentes. Uma única bolsa se transforma em outras quatro: uma de hemácias, uma de plaquetas, uma de plasma e outra de crioprecipitado – uma fração do plasma fresco congelado. Isso permite que mais de uma pessoa seja beneficiada com apenas uma doação.

 

Em seguida, as bolsas de sangue são armazenadas e passam por testes sorológicos e imuno-hematológicos para garantir a segurança até a transfusão. Ali, são realizados os exames de tipagem e outros relacionados a doenças transmissíveis pelo sangue. Se os resultados indicarem que está tudo em ordem, o sangue está pronto para ser encaminhado aos hospitais. 

 

Todos os hemocomponentes são aproveitados. Eles podem ser usados para tratar, por exemplo, anemia, deficiência de fibrinogênio ou pacientes com número muito baixo de plaquetas ou que estão passando por quimioterapia.

 

No estado de São Paulo, a Fundação Pró-Sangue é centro de referência da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A instituição é ligada à Secretaria de Estado da Saúde, ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e atende a 80 instituições de saúde.

 

 


Tomaz Silva/Agência Brasil

Compartilhar: