Doenças do Aparelho Circulatório são as que mais causam mortes na região
Pesquisa foi elaborada pela Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace)

Doenças do Aparelho Circulatório são as que mais causam mortes na região

Enfermidades, seguidas por Neoplasias (tumores), representam aproximadamente 40% do total de óbitos

Uma recente pesquisa realizada pela Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), divulgada no Boletim de Saúde do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper), mostrou que as principais causas de óbitos na região de Ribeirão Preto, acumuladas no período de 2012 até 2015, estão relacionadas a Doenças do Aparelho Circulatório – infarto, febre reumática aguda, doenças hipertensivas, doenças cerebrovasculares, doenças das artérias, das arteríolas, dos capilares e das veias, entre outras – e também com Neoplasias (tumores) que representam, juntas, aproximadamente 40% do total de mortes na região.

De acordo com o estudo, essas doenças vêm apresentando evolução, atingindo um maior número de pessoas a cada ano, despertando atenção para a necessidade da prevenção, diagnóstico e tratamentos não só das doenças que foram citadas, mas também das doenças do Aparelho Respiratório e Digestivo, que causam grande número de mortes na região, respectivamente.

A pesquisa, elaborada com os dados do Datasus, também analisou as principais enfermidades que provocam morbidade hospitalar – que é o número de internações causadas por uma determinada doença. São elas: gravidez, parto e puerpério; doenças do aparelho circulatório; causas externas, doenças do aparelho digestivo; doenças respiratórias; neoplasias e doenças do aparelho geniturinário.

“O que chama a atenção são as doenças que mais provocam morbidade hospitalar na região e a variação das mesmas. Lesões, envenenamentos e causas externas, por exemplo, que são compostas por acidentes domésticos e de trânsito e violência urbana e doméstica, já chegaram a ocupar, neste ano, a segunda posição no ranking das principais doenças que provocam morbidade. Isso gera um custo para as prefeituras e governo que poderia ser facilmente evitado com o aumento de instrução, fiscalização e segurança nas ruas”, dizem os pesquisadores.

Foram observados também que muitas das principais enfermidades que provocam morbidade hospitalar também estão na lista das que mais causam óbitos. Essas doenças variam e trocam de posição a cada mês, com exceção de gravidez, parto e puerpério, que ocupam sempre a primeira posição e provocam o número mais alto de internações.

Segundo a pesquisa, a região de saúde de Ribeirão Preto possui uma boa estrutura, contando com quase 4 mil estabelecimentos, dentre eles academias de saúde, postos de saúde, hospitais gerais e especializados, clínicas, unidades móveis de saúde, entre outros, além de uma vasta opção de equipamentos.

Outro indicador positivo da pesquisa é que, em julho deste ano, a região registrou mais de 21 mil profissionais de saúde e quase 4 mil médicos, o que faz com que os municípios fiquem acima do determinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Região de Saúde de Ribeirão Preto é composta por 26 cidades: Altinópolis, Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luís Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rita de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.


Foto: Pixabay

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