Equipe da USP de Ribeirão orienta como desengasgar bebês e crianças

Equipe da USP de Ribeirão orienta como desengasgar bebês e crianças

Grupo especializado realiza treinamentos em Unidades Básicas de Saúde e orienta profissionais da educação; vídeo e cartilha podem auxiliar os pais

No Brasil, segundo a ONG Criança Segura, morrem cerca de 700 crianças por ano por sufocamento ou engasgo, por isso é importante saber como agir nesses casos.

O projeto O Que Fazer Quando Seu Bebê Engasgar?, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, faz exatamente isso, leva técnicas para desengasgar bebês e crianças até um ano a profissionais da saúde, da educação, gestantes e familiares.  

Já passaram pelo treinamento, com instruções sobre as manobras de desengasgo, cerca de 560 pessoas do público-alvo, que também receberam uma cartilha utilizada como ferramenta em atividades propostas pelo grupo.

O material também está disponível em vídeo, produzido pela equipe em parceria com o Portal Revide.

O projeto

Desenvolvido pelas professoras da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP Fernanda dos Santos Nogueira de Góes e Maria Cândida de Carvalho Furtado e pelas bolsistas Gabrielle Ribeiro Martho, Jaqueline Vitorini da Silva,  Laura Guindalini Bueno e Mariane Leandro Pedroso, o projeto teve início com a elaboração da cartilha no trabalho de conclusão de curso de bacharelado e licenciatura da acadêmica Sabrina Bonetti. 

A partir da cartilha, que recebeu apoio de uma empresa privada para impressão de 5 mil cópias, foi lançado o projeto de extensão que leva o mesmo nome, com o apoio da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto.

No ano de 2018, o projeto foi contemplado com recursos do Programa Aprender na Comunidade da Pró-Reitoria de Graduação da USP para impressão de mais 5 mil cartilhas e a contratação de duas bolsistas de graduação. A cartilha também é fonte na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.

Profissionais treinados

Já foram treinados profissionais das Unidades Básicas de Saúde, da rede municipal de ensino, parte deles em parceria com os coordenadores do projeto de extensão sobre Suporte Básico à Vida (SBV), também da EERP, e das Unidades Básicas de Saúde, alunos do curso técnico de Enfermagem do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), todos de Ribeirão Preto, e, ainda, educadores da cidade de Tambaú, interior de São Paulo. Segundo as coordenadoras, nos próximos dois anos as atividades com educadores do município de Ribeirão Preto serão mantidas para levar capacitação a todos os envolvidos diretamente no cuidado de bebês e crianças.

Para a professora Fernanda, o projeto faz com que “a sociedade se aproxime da universidade e a compreenda para além apenas de um espaço para a formação de profissionais das mais diversas áreas”. Já para as alunas, diz a professora, “permite espaços de formação para além daquela proporcionada pelos cursos de graduação e favorece o desenvolvimento da competência de comunicação, uma habilidade muito importante para a atuação do enfermeiro com vistas à integralidade do cuidado”. 

 

*Níkolas Guerrero, com informações do JornalJornal da USP Ribeirão 


Foto: Arquivo Revide

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