Estudo evidencia a importância de preservar fertilidade de mulheres com câncer
A pesquisa aponta que o congelamento de óvulos e embriões é uma das alternativas mais eficazes, já que não atrasa o início do tratamento contra a doença
Um estudo realizado em Ribeirão Preto evidencia a importância da preservação da fertilidade em mulheres diagnosticadas com diferentes tipos de câncer. A pesquisa foi realizada pelos profissionais do Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto (CEFERP), em parceria com o professor Rui Alberto Ferriani, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
A pesquisa aponta que o congelamento de óvulos e embriões é uma das alternativas mais eficazes, já que não atrasa o início do tratamento contra a doença. Além disso, o estudo também demonstra o aconselhamento sobre métodos contraceptivos para evitar uma gravidez de risco durante o tratamento.
Segundo Anderson Melo, médico especialista em reprodução humana e integrante do grupo de pesquisa responsável pelo projeto, a atenção integral à saúde reprodutiva é um dos pontos centrais para inclusão, segurança e autonomia das pacientes femininas diagnosticadas com câncer.
"No estudo, constatamos que a abordagem para fertilidade nestes casos deveria incluir aconselhamento sobre preservação da fertilidade e opções de contracepção”, explica.
Apesar de inovadora, Melo afirma que a abordagem ainda encontra barreiras que envolvem a falta de recomendações apropriadas para a preservação da fertilidade. Por conta disso, há o receio em atrasar o início do tratamento oncológico.
Contracepção
O estudo também alerta para a questão da contracepção em mulheres com câncer. Uma gravidez não planejada nessas pacientes aumenta os riscos de abortos, baixo peso nos recém-nascidos, maiores taxas de crescimento do tumor, maiores chances de insuficiência cardíaca nas mães e altas taxas de mortalidade, entre outros.
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