Estudo mostra que poluição atmosférica é fator de risco para AVCs
Estudo mostra que poluição atmosférica é fator de risco para AVCs

Estudo mostra que poluição atmosférica é fator de risco para AVCs

Derrame é uma das principais causas de morte e de sequelas no mundo; Índice é de 33,7% em países de média e baixa renda

A poluição atmosférica é um fator de risco para os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs). Foi o que constatou um estudo publicado pela revista especializada The Lancet Neurology. Na pesquisa também foi mostrado que a situação é mais grave nos países em desenvolvimento.

De acordo com os pesquisadores do estudo, o índice onde a poluição pode ter sido determinante para o AVC é de 33,7% nos países de média e baixa renda, contra apenas 10,2% nos países com alta renda em 2013.

Para o professor que comandou a pesquisa, Valery L, Feigin, a situação é de surpresa. “Ficamos surpresos em descobrir que uma proporção assombrosamente alta da “carga” dos AVCs podia ser atribuída à poluição atmosférica, em particular nos países em desenvolvimento”, diz.

Estudo

A pesquisa foi realizada em 188 países entre 1990 e 2013, que teve como concentração a carga da doença apresentada. Ao analisar 17 fatores de risco, os pesquisadores descobriram que 90% da ‘carga’ dos AVCs poderia ser atribuída a fatores de risco modificáveis, como o tabagismo, alimentação ruim, ou sedentarismo.

Já no sul da Ásia e na África, o índice chega a 40%, sobretudo em razão da contaminação atribuída ao uso de combustíveis sólidos para aquecimento ou para cozinhar.

Outros fatores de risco também desempenham um papel crescente a nível mundial, como a obesidade e o sedentarismo. O consumo de bebidas açucaradas aumentou 84% e o estudo supõe um aumento de 63% do risco por este fator.

AVC

O AVC, conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte e de sequelas no mundo e no Brasil. Todos os anos no mundo, cerca de 15 milhões de pessoas sofrem um AVC, 6 milhões morrem e 5 milhões sobrevivem com sequelas permanentes.

Os principais fatores de risco conhecidos são hipertensão, alimentação pobre em frutas e verduras e rica em açúcar e sal, obesidade, sedentarismo e o fumo.


Foto: Arquivo Revide

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