Estudo vai identificar pessoas com suscetibilidade ao câncer em Ribeirão Preto
Farão parte da pesquisa 15 mil moradores de Ribeirão Preto

Estudo vai identificar pessoas com suscetibilidade ao câncer em Ribeirão Preto

Serão convidados para participar da pesquisa pacientes maiores de 18 anos que são acompanhados pelas Equipes de Saúde da Família no Distrito Oeste de Ribeirão Preto para coleta de sangue

Pesquisadores brasileiros estão recrutando 15 mil moradores de Ribeirão Preto para estudo que vai identificar pessoas com maior ou menor risco de desenvolver câncer. O estudo foi apresentado na manhã desta sexta-feira, 25, em uma coletiva de imprensa no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

O recrutamento acontece com pacientes maiores de 18 anos que são acompanhados pelas Equipes de Saúde da Família no Distrito Oeste de Ribeirão Preto para coleta de sangue. 

Com o material, será feita a genotipagem do DNA para entender a soma dos fatores hereditários, que são chamados de escore poligênico. Dessa forma, a pesquisa poderá impactar na prevenção de precisão para cada pessoa, de acordo com suas características genéticas.

“É necessário aprimorar os métodos de rastreamento do câncer diante do conhecimento recente que pessoas podem ter maior ou menor risco hereditário para desenvolver câncer. O rastreamento ainda é realizado praticamente do mesmo modo para todas as pessoas. Assim, indivíduos com maior risco de desenvolverem câncer podem não estar recebendo todo investimento em prevenção necessário e aquelas com menor risco, mais do que o necessário”, explica Leandro Colli, que é professor da FMRP, médico oncologista e um dos coordenadores do projeto.

Segundo o professor, no futuro, esses escores permitirão identificar quem são as pessoas que precisam de rastreamento mais intenso para câncer e ao mesmo tempo pessoas que precisam de menos exames, o que terá grande impacto na racionalização dos recursos de saúde tanto públicos como privados. Outro destaque do trabalho, é que os resultados vão permitir a obtenção de dados genéticos da população brasileira.

O estudo integra o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e é realizado pela FMRP da USP, HC, pela Fundação de Amparo ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa) e pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. 

 


Foto: Susanna Nazar

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