HC-Ribeirão se torna Centro de Referência Internacional em Urticária
HC-Ribeirão se torna Centro de Referência Internacional em Urticária

HC-Ribeirão se torna Centro de Referência Internacional em Urticária

Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital das Clínicas da USP passou a fazer parte de rede internacional de especialista na doença

O Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP passou a fazer parte da rede internacional de especialista em urticária.

O Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP foi aprovado como um dos seis Centros de Referência e Excelência em Urticária pelo Global Allergy and Asthma European Network (GA2LEN), no Brasil.  

O programa de certificação de Centros de Referência e Excelência em Urticária (UCARE Urticaria Center of Reference and Excellence) tem o objetivo de prover excelência no atendimento de pacientes com urticária e aumentar o conhecimento através de pesquisa e educação.

Para a aprovação foi necessário atender 32 critérios que são avaliados em visita de auditoria. Como por exemplo, realizar diagnóstico e tratamento de acordo com as diretrizes internacionais; ter protocolo para investigação de urticárias físicas; ter equipe de médicos especialistas em Alergia e Imunologia com conhecimento e treinamento sobre urticária; realizar pesquisa e publicar estudos em urticária; dar visibilidade ao grupo através de website institucional; e  realizar programas de educação sobre urticária, tanto para médicos como para a população geral.

Para a coordenadora da equipe de Ribeirão Preto, professora Luisa Karla de Paula Arruda, a conquista vai auxiliar nas pesquisas através da interação com outros grupos de pesquisa. “Nosso Centro já está em contato com a doutora Petra Staubach da Universidade de Mainz, na Alemanha, para estudarmos urticária crônica em crianças”, conta.  

Além disso, há a expectativa de participação no encontro anual que reúne os Centros de Referência e Excelência em Urticária de vários países do mundo. No evento são debatidos os avanços na fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da urticária.  “É uma oportunidade única de fazer parte do processo de construção do consenso internacional com base em evidências, e de manter atualização permanente”, diz a professora.

O Serviço do HCFMRP realiza o atendimento, desenvolve atividades educativas  junto à população em geral, aprimora o conhecimento de médicos residentes e estudantes de Medicina. “Agora as atividades serão melhor estruturadas e sistematizadas de acordo com os guidelines (diretrizes) internacionais recentes”, revela Luisa Karla.

Urticária

A urticária se apresenta com lesões vermelhas, inchadas e acompanhada por coceira. Podem ser pequenas, isoladas ou se juntar e formar grandes placas vermelhas e em qualquer área do corpo.  

Estimativas apontam que entre 10% e 20% da população pode apresentar urticária aguda em algum momento. Já a urticária crônica é menos frequente e pode ocorrer em 0,5% a 1,0% da população.

A urticária aguda tem duração de até 6 semanas e é, de forma geral, uma condição clínica que frequentemente tem causa definida. Como por exemplo: alergia a alimentos, medicamentos, ferroadas de insetos himenópteros, látex e associação com infecções.  

Já a crônica é, na maioria das vezes, espontânea e o paciente não identifica a causa dos sintomas.  “Há evidências de que muitos dos casos de urticária crônica espontânea, até 40%, tem natureza autoimune, e ocorrem em associação com doenças autoimunes”, explica. Entre essas doenças, a tireoidite autoimune, lúpus eritematoso sistêmico, diabetes tipo I,  artrite reumatóide, Doença de Crohn e outras.


Foto: Arquivo Revide

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