Inédito no interior do Brasil, novo tratamento para aumento benigno de próstata será realizado em Ribeirão Preto
Denominada de Rezum, técnica é minimamente invasiva, sem necessidade de internação e com sedação leve. Doença atinge 85% dos homens após 40 anos
O Hospital São Lucas de Ribeirão Preto realiza em setembro os primeiros procedimentos com Rezum. A técnica é inédita no interior do Brasil para o tratamento da Hiperplasia Benigna da Próstata, doença que é popularmente conhecida como aumento da próstata e atinge 85% dos homens após os 40 anos de idade, segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
O novo tratamento traz várias vantagens: é minimamente invasivo, tem eficácia comprovada, preserva a função sexual (ejaculação), é feito com sedação leve e proporciona rápida recuperação. O método, que já existe há aproximadamente cinco anos nos EUA, chegou ao Brasil em julho deste ano em um hospital particular da capital paulista e agora está disponível no interior, de forma pioneira, em Ribeirão Preto.
Dr. Tiago Bovo, urologista e coordenador do serviço de Cirurgia Robótica do Hospital São Lucas, explica que o problema deve ser tratado o quanto antes já à medida que a próstata cresce, ela pode comprimir a uretra, causando sintomas desconfortáveis na hora de urinar e, em alguns casos, sérias complicações como perda funcional do músculo da bexiga e até do rim, em situações extremas. “Atualmente existem vários medicamentos e cirurgias para tratar esta doença, mas que podem provocar algumas sequelas ruins, entre elas a perda de ejaculação. O Rezum é uma terapia minimamente invasiva que envolve a inserção de uma sonda na uretra do paciente e aplicação de um vapor diretamente no tecido prostático afetado, com chance praticamente zero de perda da ejaculação, sem riscos de sangramento ou necessidade de internação”, completa o médico que é um dos poucos do país a ter certificação para realizar o procedimento.
Ele ainda pontua que Rezum é opção para quem que não quer passar pelas cirurgias tradicionais e é uma alternativa também para quem não se adaptou às medicações. “A técnica proporciona um menor tempo de recuperação, tem menor risco de complicações em comparação com as cirurgias tradicionais, pode ser realizada em regime ambulatorial e ainda traz menor desconforto pós-operatório. E o melhor: com resultados de eficácia comprovada, como o alívio dos sintomas urinários, redução do tamanho da próstata, melhora do fluxo urinário e redução da necessidade de medicamentos”, conclui.
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