Jovem da região lança livro sobre doação de órgãos
O jovem diz que um de seus sonhos é publicar o livro e assim difundir o conhecimento

Jovem da região lança livro sobre doação de órgãos

Matheus de Oliveira Lima diz que o objetivo do livro-reportagem é ajudar na propagação do tema, na conscientização e no esclarecimento sobre o processo de doação de órgãos e tecidos humanos

O jovem Matheus de Oliveira Lima, 21 anos, lançou o livro-reportagem “Doação de órgãos – O milagre da vida", em um Centro Universitário de Ribeirão Preto. O auxiliar administrativo diz que o objetivo do trabalho é ajudar na propagação do tema, na conscientização e no esclarecimento sobre o processo de doação de órgãos e tecidos humanos.

De acordo com o jovem escritor, a ideia surgiu com trabalho realizado na faculdade no final de agosto de 2016, em que foi gravado um programa sobre o tema, para falar sobre o Setembro Verde, que é o mês voltado para campanhas de incentivo a doação de órgãos.

Matheus Lima e Carlos Corsi.“Como fui responsável pela pauta e roteiro, pesquisei bastante e acabei me apaixonando pelo tema. Nessas procuras em contato com as fontes que entrevistamos no programa, vi que o percentual de recusa na doação de órgãos é grande, e isso me deixou curioso em saber porque um ato que salva vidas, ainda possui tanta gente que não aceita fazer a doação dos órgãos de seus entes queridos”, fala Lima.

Para ele, o livro-reportagem permite explorar mais um assunto do que outros meios de comunicação. “Relatei em três capítulos os depoimentos de famílias doadoras, receptores e profissionais da saúde. Percebi que a falta de informação é grande, por mais que a mídia divulgue, muitos ainda desconhecem todo o processo de doação”.

Com linguagem simples, a obra busca uma abordagem clara para que todas as pessoas possam ler sem dúvidas. Lima afirma que, no Brasil, o número de brasileiros em fila precisando de um órgão para continuar a viver chegou a quase 33 mil, até junho de 2017.

“A sensação é de dever cumprido. Gostei bastante do resultado. É uma emoção incomparável. Espero contribuir, através deste livro, para que a negativação na hora de doar os órgãos diminua. Para publicar o livro é um pouco burocrático, mas é um sonho, pois, publicando, alçarei voos mais altos. Em breve vou conseguir”, finaliza.

Visão profissional

Carlos Corsi, técnico em banco de tecidos explica o conceito de conscientização. “Ele está embasado na percepção do indivíduo ao reconhecer-se no espaço que está inserido, podendo mudá-lo. Sendo assim, conscientizar só é possível por meio de um ato de esclarecimento, proporcionado através de linguagens descomplicadas e de fácil acesso”.

Corsi diz que a função do livro é importante, pois, quanto mais se conhece o processo da doação e do transplante, mais as pessoas se apaixonam por ele. “Incentivar a importância de expressar-se em vida a favor da doação de órgãos e tecidos, é a única maneira de garantir que suas vontades sejam respeitadas após a morte”.


Fotos: Divulgação

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