Metade das mortes por hipertensão na região de Ribeirão Preto ocorre com homens
Os dados são do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper), da Fundace, que é gerida por professores da USP

Metade das mortes por hipertensão na região de Ribeirão Preto ocorre com homens

O levantamento ainda aponta que 80% desses falecimentos são de pessoas acima dos 60 anos

Pouco mais da metade das mortes por hipertensão na região de Ribeirão Preto, exatamente 51%, são de homens. É o que aponta o levantamento do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper), da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) – gerida por professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP.

Os dados ainda informam que 80% desses falecimentos são de pessoas acima dos 60 anos. O balanço, divulgado por meio do Boletim de Saúde, em janeiro, traz números de internações em cidades da região de Ribeirão Preto no período de 2008 a 2017. Apesar do índice de mortalidade ser maior entre os homens, 53% das internações por hipertensão na região aconteceu entre as mulheres, com 3,4 mil hospitalizações no período.

Mesmo em menor proporção, as doenças cardiovasculares são a causa de morte de uma entre três mulheres. Segundo o Ministério da Saúde (MS) a hipertensão arterial aumenta com o avançar da idade, tendo ainda a mulher, outro fator agravante, o início da menopausa. Ainda segundo o Ministério, nos homens doenças cardiovasculares respondem por 20% das mortes.

"Estes dados mostram a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso da pressão arterial feminina e de outros fatores de risco cardiovascular, principalmente durante a menopausa", explica a cardiologista Andréia Loures Vale.

Na região de Ribeirão Preto ocorreram 6.419 internações por hipertensão no período, sendo 3.648 somente na cidade de Ribeirão Preto. A cidade que mais chama a atenção no índice de mortalidade é Altinópolis, com média de 6,4 óbitos por 10 mil habitantes. Ribeirão Preto, maior cidade da região possui 0,77 óbitos por 10 mil habitantes.







A hipertensão pode ser prevenida ou adiada por um conjunto de intervenções preventivas, entre as quais está a redução da ingestão de sal, o consumo de uma dieta rica em frutas e legumes, a prática de exercícios e a manutenção de um peso corporal saudável. São ainda fatores de risco a idade, a hereditariedade, o sexo, hábitos sociais (tabagismo e bebidas alcoólicas) e aspectos físicos, como o sedentarismo e a obesidade.


*Com informações do departamento de Comunicação da USP Ribeirão Preto e do Boletim de Saúde da Fundace 


Foto: Pixabay Gráficos: Boletim de Saúde

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