Minas já tem 133 casos suspeitos de febre amarela
Minas já tem 133 casos suspeitos de febre amarela, 38 óbitos são investigados

Minas já tem 133 casos suspeitos de febre amarela

Estado está em situação de emergência e investiga 38 mortes; em Ribeirão Preto já foi confirmado uma morte

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais informou um novo boletim epidemiológico sobre a febre amarela no estado. Já existem 133 casos suspeitos da doença, dos quais 20 são considerados prováveis, pois há exames laboratoriais positivos. A confirmação definitiva, porém, só acontecerá após investigação de outros fatores.

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Os dados também apontam que há 38 óbitos suspeitos, sendo 10 deles prováveis. As mortes ocorreram nos municípios de Ladainha, Ubaporanga, Ipanema, Itambacuri, Malacacheta e Piedade de Caratinga. O governador do Estado, Fernando Pimentel,  decretou situação de emergência em saúde pública.

A situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas para conter a doença e agiliza processos para a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários, dispensando licitação em alguns casos. Também fica permitida a contratação de funcionários temporários para ações exclusivas de combate à enfermidade.

Em Ribeirão Preto, foi confirmado um caso de morte em decorrência de febre amarela no último dia 4 de janeiro. Um homem infectado pela doença morreu no fim do mês de dezembro infectado por ela. Além disso, 19 macacos encontrados na cidade estão suspeitos de terem morrido em decorrência da febre amarela. No município, a secretaria da Saúde informa que mais de 10 mil pessoas já foram vacinadas.

Vacinação

A recomendação para a população é manter em dia a vacinação contra a febre amarela, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após 10 anos.

A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, da América Central e da África. No meio rural e silvestre, é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya.

Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942.


Foto: Daniel Guimarães

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