Nova variante da Covid-19 apresenta quadros mais leves, aponta especialista

Cepa foi registrada pela primeira vez no Brasil na cidade de Ribeirão Preto

17 Nov 2022 18:30

A nova subvariante da Ômicron, conhecida como CK.2.1.1, ainda está sendo estudada pela comunidade científica, mas aparentemente resulta em quadros mais leve que outras variantes. A avaliação é do professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Benedito Antônio Lopes da Fonseca. Ribeirão Preto foi a primeira cidade brasileira a registrar uma infecção por essa cepa.

“Como faz pouco tempo que essa variante apareceu, ainda não sabemos muito sobre ela, mas o que parece é que ela causa uma doença mais leve que as outras. Mas o que sempre lembramos com a Covid é que se a pessoa é idosa ou tem alguma doença crônica, ela pode ter uma doença grave e isso levar a necessidade de internação”, explica o professor.

A CK.2.1.1 foi descoberta em um trabalho conjunto do Hemocentro de Ribeirão Preto e o Instituto Butantan, que identificou essa variante por meio do sequenciamento genético do vírus.

“Temos que lembrar que é o mesmo vírus que causa Covid, só conseguimos diferenciar se é uma variante de outra pelo sequenciamento”, destaca. Antes de ser relatada no Brasil, essa doença já havia evidências dessa variação da doença em outros lugares do mundo. “Ela tem sido detectada em uma quantidade pequena no mundo todo, temos detecção dessa variante em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e na África do Sul”, completa Benedito.

O professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP ressalta a importância da vacina para evitar o agravamento de quadros de Covid-19, mesmo para essa nova variante que aparenta ser mais leve.

“As vacinas são eficazes contra a infecção pelo vírus da Covid, porém elas são muito mais eficazes em prevenir uma doença grave do que prevenir a infecção. Então é possível que a pessoa mesmo vacinada ou que já teve Covid, ainda seja infectada por essa subvariante, mas o que vai acontecer é que ela terá uma infecção leve, talvez não seja necessário nem procurar atenção médica. Então é importante nos vacinarmos para que diminua a porcentagem de infecção e, portanto, também diminua a transmissão para outras pessoas”