Novembro chega ao fim, mas a prevenção ao câncer continua

Novembro chega ao fim, mas a prevenção ao câncer continua

Para quebrar preconceitos masculinos de ir ao médico, fazer exame de toque acabou se tornando o principal aspecto da campanha

Tema diretamente dedicado ao combate precoce do câncer de próstata, o mês de novembro chegou ao fim, mas a campanha continua na busca para conscientizar os homens para a prevenção contra a doença.

Com o objetivo de orientar os homens para que façam o exame de próstata, principalmente entre os 40 e 50 anos, a campanha denominada ‘Novembro Azul’ surgiu na Austrália, em 2003, durante o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, que foi comemorado no último dia 17.

Próstata

Sendo o sexto tipo de câncer mais comum no mundo e de maior incidência nos homens, a próstata é uma glândula que só o homem possui e fica na parte baixa do abdômen, situada logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina da bexiga passa antes de ser eliminada. Produz cerca de 70% do sêmen e tem um papel fundamental na fertilidade masculina.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), aproximadamente 69 mil casos surgem a cada ano, um a cada 7,6 minutos. Do total, 12 mil pacientes morrem.



O câncer de próstata é resultado de uma multiplicação desordenada das células da próstata. Quando há presença de câncer, a glândula endurece. Na fase inicial, o câncer de próstata não tem sintomas. Em 95% dos casos, eles só aparecem em estágio avançado.

Prevenção

Atualmente, a forma mais efetiva para prevenir esta doença são os exames anuais de rotina, com a coleta de um exame de sangue (PSA- antígeno prostático específico) e o exame físico, mais conhecido como toque renal.

Estes dois procedimentos não confirmam se a pessoa tem o câncer de próstata, mas ajudam a prevenir a doença para realizar outros exames complementares.

Segundo o médico urologista, João Cornicelli, a possibilidade de cura é de cerca de 100% dos casos quando a detecção dessa neoplasia é feita precocemente. “O ideal é que a visita ao urologista comece aos 40 anos”, diz. E afirma que homens com histórico familiar de câncer devem começar o acompanhamento aos 45 anos.

Alguns homens ainda ficam incomodados em pensar no toque retal, mas trata-se apenas de um exame importante e indolor. “Além do preconceito em relação aos exames, em especial ao toque renal, o medo da impotência sexual após a cirurgia é um dos principais fatores responsáveis pelo retardamento da primeira consulta urológica,” destaca Cornicelli.
 

Ilustração: Mábio Fernandes Efízio
Arte: Lucas Chaibub

 

Compartilhar: