Núcleo de Terapia Celular Avançada é entregue em Ribeirão Preto

Núcleo de Terapia Celular Avançada é entregue em Ribeirão Preto

O Nutera faz parte do maior programa de tratamento avançado para a doença da América Latina

As obras do Centro de Terapia Avançada (Nutera), que faz parte do maior programa de tratamento avançado para o câncer da América Latina, foram entregues nessa segunda-feira, 20, em Ribeirão Preto. A cerimônia de inauguração do local, localizado no Campus da USP, contou com a presença do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), e autoridades do município. 

 

A terapia celular inovadora já se mostrou altamente eficaz no tratamento de alguns tipos de câncer de sangue, como linfoma e leucemia linfoide aguda. No Brasil, o estudo vem sendo desenvolvido em parceria entre Instituto Butantan, USP e Hemocentro de Ribeirão Preto. “Esta é uma forma de mostrar que o investimento da pesquisa vale a pena. São Paulo, que sempre premiou a pesquisa, o conhecimento, demonstra hoje como são importantes os investimentos públicos e privados na ciência para que a gente possa produzir novas terapias, novos medicamentos e possa enfrentar as doenças modernas”, destacou Rodrigo.

 

O programa está sob supervisão da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo. Dois novos centros de saúde, um na capital paulista, e o Nutera, em Ribeirão Preto, vão produzir a terapia celular CAR-T (receptor quimérico de antígeno, em tradução livre da sigla em inglês), que utiliza células T para combater o câncer de sangue. A capacidade inicial de tratamento é de até 300 pacientes por ano.

 

A iniciativa faz parte de um acordo de cooperação entre o Instituto Butantan, ligado ao Governo de São Paulo, a USP e o Hemocentro de Ribeirão Preto. Embora já seja aplicada em alguns países, a terapia celular tem como maior obstáculo o custo elevado, que pode chegar a US$ 500 mil por aplicação em cada paciente.

 

As unidades de São Paulo (Nucel) e de Ribeirão Preto (Nutera) contam com estruturas que permitirão que os principais processos da nova tecnologia – produção, desenvolvimento, armazenamento e aplicação da terapia celular – sejam efetuados em solo paulista. O objetivo é reduzir ao máximo o custo em larga escala da terapia e fazer com que ela chegue ao SUS.

 

As instalações incluem laboratórios de controle de qualidade, salas de criopreservação, salas de produção de vírus, salas limpas de produção de células CAR-T, salas de preparo de meios e soluções e áreas destinadas ao armazenamento do produto final e dos insumos em tanques criogênicos.

A terapia celular CAR-T foi desenvolvida no Centro de Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. O primeiro voluntário, que recebeu o tratamento experimental há dois anos, alcançou a remissão total de um linfoma em estágio terminal. Outros pacientes que optaram pelo tratamento também tiveram remissão.

 

“A terapia celular eleva o estado de São Paulo à semelhança dos principais países da Europa, Estados Unidos e China. Este tratamento, além de ser inovador e curador, com o tempo também será acessível. Trabalhamos para que todos os brasileiros, sem distinção, tenham acesso a este tratamento.”, afirmou o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, David Uip.

 

*Com informações do Governo do Estado de São Paulo.

 


Foto: Governo de São Paulo

Compartilhar: